Câmara de Petrolina: quando pensamos que está ruim, piora

“Não pode ver uma vergonha que já quer passar”. Todo mundo já conhece essa frase. Ela vira e mexe, aparece em nossas vidas para ilustrar a falta de noção.

É exatamente assim que vejo a Câmara de Vereadores de Petrolina. Quando a gente pensa que já é o fundo do poço, eis que o buraco se abre e o pré-sal não é o limite.

O fato é que a Casa Plínio Amorim despachou os vereadores Ronaldo Cancão (PTB) e Cristina Costa (PT), nesta segunda-feira (18), para a cidade de Brumadinho (MG).  Os dois foram designados pelo presidente da Câmara Municipal, Osório Siqueira (PSB), com a missão de colher informações sobre a possibilidade de poluição das águas do Rio São Francisco, após o desastre ocorrido no final de janeiro deste ano, quando a barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão arrebentou.

Ora, façam-me o favor.

Tanta coisa para ser discutida em Petrolina e a população vai pagar esse ‘turismo’ desnecessário? O que entendem os vereadores disso? O que poderão saber lá que não seja resolvido em uma ligação para os órgãos fiscalizadores, para a Vale do Rio Doce, para uma imprensa local? Ou alguém acha que os vereadores farão lá uma descoberta capaz de mudar o curso da poluição, do rio ou da história?

Não só eles, mas ninguém na câmara, na prefeitura e nem na cidade toda.

A Câmara de Vereadores de Petrolina precisa parar de brincadeira e começar a trabalhar. Menos viagens caras e improdutivas como essas, menos bate-boca, defesa da vaidade pessoal ou do chefe político.

Que dia viajaram para o Recife para cobrar dos deputados sertanejos uma voz definitiva em prol da Apami? ou foram bater na porta do governador exigindo as emendas sequestradas, ações eficazes ou o hospital da mulher prometido em duas eleições?

Está na hora de acabar com a brincadeira e enxergar a vida real. Trabalhando de verdade, e não essa pantomina. Cadê os discursos eloquentes, se levantando contra essa bobagem na câmara, na imprensa?

O que vai sobrar é o mimimi contra o artigo desse blogueiro, a acusação de que bate na câmara desnecessariamente.

Mas o que deveria sobrar mesmo era o constrangimento por acharem que nos enganam e não percebemos esse festival de improdutividades e ações fúteis em interesse próprio. Isso sim.

Júri popular

O Tribunal do Júri de Jaguarari, no norte da Bahia, se reunirá no próximo dia 30 de maio para julgar Antônio Moura Sande, acusado de participação na morte do vereador Ariomar de Oliveira Rocha, assassinado com cinco tiros no dia 22 de julho de 1998. O crime aconteceu na estrada da Adutora, distrito de Pilar, zona rural. Segundo o Ministério Público da Bahia (MPBA), o crime teria sido praticado por José Custódio dos Santos, Demontier de Souza Monteiro, e outros ainda não devidamente qualificados.

Blocos parlamentares fechados

Depois de negociações entre todos os vereadores, a Câmara de Juazeiro (BA) fechou a composição dos Blocos Parlamentares para o Biênio 2019/2020, que foi apresentada pelo presidente Alex Tanuri. Foram formados três blocos: O primeiro, “Socialismo e Liberdade”, composto pelo líder Reinaldo Sabino (PCdoB), o vice-Líder Hélio Coelho (PCdoB), e Alex Tanuri (PSL); Anastácio (PCdoB); José Inaldo (PCdoB), Aníbal Araújo (PTC) e Domingão da Aliança (PRTB). O segundo “Sempre Juazeiro”, foi formado pelo líder Amadeus (PSD), o vice-líder Gleidson Medrado (PSD) e Anderson da Iluminação (PP); Fabinho de Pinhões (PRB); Roninho (PSD) e Josafá Mota (PTC). O terceiro “Compromisso e Trabalho”, tem o líder Florêncio Galdino (PDT); a vice-líder Neguinha da Santa Casa (MDB) e os membros Charles Leal (PDT); Joseílson Marcelino (PTB); Jean Gomes (PT) e Bené Marques (PSDB).