Um crime que agita a vida política do sertão
A política do Sertão pernambucano foi assombrada na tarde de ontem (17) com a notícia do assassinato do vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Alberto Carlos de Souza, 52 anos – mais conhecido na região como Beto Souza.
O crime ocorreu na tarde de domingo em Floresta (PE), no Sertão de Itaparica. o vereador e um amigo dele, conhecido como Duda Nunes, sofreram uma emboscada na Fazenda Tabuado, zona rural da cidade. O amigo do vereador também faleceu.
Beto Souza já tinha escapado há dois anos de uma tentativa de assassinato semelhante. Desta vez, infelizmente, ele não conseguiu se salvar. Outro detalhe triste é que o vereador já tinha perdido um irmão, em 2015, também assassinado.
A cidade de Floresta vivia clima de tranquilidade nos últimos anos e a violência, muitas vezes por motivações familiares, havia ficado para trás. Nesse caso, desconhecidos efetuaram vários disparos de arma de fogo.
A polícia informou a este Blog que começou as diligências ainda ontem e, por enquanto, não se sabe se a motivação do crime tenha sido por causas políticas. O fato é que o povo do Sertão já sofreu demais com essa violência, e uma notícia como essa causa instabilidade para todos. Cidades como Floresta e Cabrobó vivem hoje tempos de paz e a torcida de todos é para que as disputas continuem assim: apenas na busca do voto.
Sem apadrinhamentos
O prefeito de Afrânio (PE), no Sertão do São Francisco, Rafael Cavalcanti (MDB), disse ter acabado com os apadrinhamentos políticos nas contratações de pessoal feitas pelo município. O gestor disse que alguns aliados ficaram chateados, mas ele assegurou que não vai decepcionar os eleitores que lhe confiaram o voto. “Todas as contratações temporárias foram realizadas através de processo seletivo. Aliados ficam chateados, mas espero que compreendam. O que tenho dito é que as pessoas confiaram em mim, apostando em mudança, e eu não vou repetir velhas práticas”, declarou.
Assinatura de TAC
Em Campo Alegre de Lourdes, no norte da Bahia, o prefeito Enilson Marcelo (PCdoB), esteve no Ministério Público do Trabalho (MPT) de Juazeiro, para assinar Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que diz respeito à restrição de contratos de trabalho temporários pela administração municipal. A necessidade de firmar o TAC ocorreu devido ao MPT exigir aos gestores públicos da região que não realizem contratações temporárias, ressaltando a necessidade de abertura de concurso público para prover os cargos.
Precedente despercebido
Líder do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) tem notado que nem sempre os recursos federais que são liberados para Pernambuco têm a sua autoria reconhecida pelo Governo Paulo Câmara. Ele citou um empréstimo de R$ 400 milhões tomado ao BNDES no Governo Eduardo Campos. Pois bem, o governo do Estado não gastou todos os recursos, que iriam voltar para os cofres do Banco. No entanto, o presidente Joaquim Levy prorrogou o contrato por mais um período para que o Estado não perdesse esse dinheiro. E nada se disse por aqui a respeito disto.
