Coluna do Blog

por Carlos Britto // 23 de outubro de 2018 às 07:00

Foto/reprodução

Uma eleição que não vai deixar saudades

Agora falta menos de uma semana. A eleição presidencial é neste domingo (28), e já não era sem tempo. A exemplo de todo o país, o clima está mais que acirrado na região do São Francisco.

Nunca se viu uma eleição com o clima tão quente, nem com o grau de acirramento tão elevado. Nas ruas, nas residências e no trabalho, eleitores dos dois lados discutem, brigam, se enfrentam e só não se entendem.

Mas os caciques estão calados. Em Petrolina Fernando Bezerra (MDB), Julio Lossio, Adalberto Cavalcanti (Avante) e vários integrantes dos seus grupos não divulgaram os seus votos no segundo turno.

Em Juazeiro (BA) Joseph Bandeira, liderança tradicional e outros integrantes do mundo político, também não se manifestaram ou mantêm uma postura amena. Resumo da ópera: as ruas estão mais envolvidas que os próprios políticos. E o clima quentíssimo.

Tomara que depois do pleito eleitoral e terminar a ressaca de quem perdeu ou comemorou, o país volte a ser pacificado e a razão se sobreponha às disputas que terminaram por arranhar relações muito próximas.

Sessão com projetos

A sessão plenária desta terça-feira (23) na Casa Plínio Amorim terá dois projetos a serem votados. Um, de decreto legislativo de autoria de Elismar Gonçalves (DEM), refere-se a título de cidadania. Os outros dois são projetos de lei – um só de autoria de Rodrigo Araújo (PSC), o outro de Rodrigo e Ruy Wanderley (PSC). E por enquanto é só.

Agnaldo Meira comemora

Quem comemorou muito a decisão de ontem (22) do TSE, que decidiu acatar pedido de validação de votos do candidato a deputado federal Isaac Carvalho (PCdoB), foi o vereador Agnaldo Meira (PCdoB). “A vitória nas urnas de Isaac representa a vitória do Sertão, a vitória da Bahia, porque precisamos de mais parlamentares que possam trazer projetos, que fortaleçam ainda mais a nossa região”, afirmou Meira, da tribuna da Câmara Municipal.

Coluna do Blog

  1. Fernando Barbosa disse:

    Essa postura “Poliana” de boa parte da imprensa é inaceitável, o clima de acirramento, de discussão sempre foi a tônica das eleições, não foi diferente em 2014 e mesmo naquelas anteriores. O componente novo – e que a imprensa finge não ver – é o nível de violência perpetrado e autorizado por um dos candidatos. A criminalização dos opositores, as ameaças e as vias de fato já provocaram, ao menos, três mortes. Tão somente desejar que o pleito passe e que os ânimos se amainem não basta, meu caro. Você é pessoa suficientemente informada e esclarecida para saber que essa violência é somente uma amostra do que virá. Está cheio de guardas da esquina, expressão de Pedro Aleixo quando da decretação do AI5, esperando a autorização, nem um pouco tácita, para começar o banho de sangue. Expressões como “Mão Branca”, como aqui chamávamos os esquadrões da morte, voltarão ao nosso convívio diário.

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