Coluna do Blog

por Carlos Britto // 07 de setembro de 2018 às 07:00

Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo

Uma facada na democracia brasileira

A Coluna do Blog desta sexta-feira (7) era para ser sobre outro assunto. Mas a tentativa de homicídio contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) na tarde de ontem (6), enquanto ele participava de uma agenda eleitoral na cidade de Juiz de Fora (MG), não poderia deixar de ser comentado.

A facada da qual Bolsonaro foi vítima não afetou apenas o candidato. Representou muito mais do que isso: manchou de sangue a própria democracia brasileira, que ainda caminha a passos lentos para se consolidar.

O episódio teve repercussão mundial. E não poderia ser diferente. No país, todos os candidatos a presidente e várias instituições repudiaram com veemência a atitude do homem que atacou Bolsonaro de forma covarde.

Em Pernambuco, os candidatos a governador e a senador se manifestaram da mesma forma.

Embora Bolsonaro tenha sido vítima do próprio discurso de intolerância que vinha cultivando, é inadmissível que a violência tome o lugar do debate. Goste-se ou não das propostas de qualquer candidato que seja, a melhor resposta deve ser dada apenas de uma única forma: nas urnas.

Zó e Isaac ganham apoio sindical

Agricultores e agricultoras familiares, sindicatos urbanos e rurais declararam apoio ao deputado estadual Zó e ao candidato a deputado federal Isaac Carvalho  ambos do PCdoB, durante plenária realizada ontem (6) em Juazeiro, no Espaço Movimento, localizado próximo ao Colégio Paulo VI. O encontro contou com a presença de representantes da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e de vários sindicatos.

Mais uma sessão em ‘banho-maria’

A sessão plenária de ontem (6) na Casa Plínio Amorim foi realizada da mesma forma como vem acontecendo há alguns semanas: em banho-maria. Sem discussões mais significativas e com a campanha desfocando vários vereadores, o ritmo só deve mudar depois de 7 de outubro.

Omissão de ligação com “inimigos”

O governador da Bahia e candidato à reeleição, Rui Costa (PT), alertou eleitores para deputados que omitem ligação com os quais ele considera “inimigos” do Nordeste. “Dá pra confiar em um deputado que quer se eleger, mas não quer dizer ao povo quem é o candidato a presidente e o candidato a governador dele? Então, quando vocês pegarem um papelzinho que não tenha o número, o nome ou a foto dos candidatos a presidente e governador, o único pedido que eu faço é pra não jogar o papel no chão, pra não sujar a cidade. Lugar de papel que não presta é no lixo. Mantenha a cidade limpa“. A provocação foi feita ontem (6), em discurso para moradores de Itabuna.

Coluna do Blog

  1. Roberto disse:

    Gostaria que este blog indicasse qual foi o discurso de “intolerância” que o candidato Bolsonaro vinha cultivando. No mais, são só “fake news” promovidas inclusive pela grande mídia, que tentam a todo custo destruir a imagem do presidenciável. No país do politicamente correto, ter opiniões firmes a respeito de qualquer assunto já é motivo pra ser tachado de tudo que não presta; enquanto isso, os verdadeiros intolerantes posam-se de mocinhos e de vítimas, quando, na verdade, estão dispostos até a matar quem discordar de suas posições ideológicas, como aconteceu com o Bolsonaro. Esses intolerantes não respeitam nada nem ninguém, invadem cultos religiosos para imporem seus modos peculiares de comportamento sexual, destroem em praça publica símbolos religiosos, impõem uma liberação das drogas, promovem e incentivam exposições “artísticas” com conteúdo de erotização precoce das crianças, além de confeccionar cartilhas para serem distribuídas nas escolas primárias; chamam Jesus de travesti, além de incetivar a liberação dos “demônios ” de cada um; mas realmente quem é intolerante deve ser o Bolsonaro mesmo, já que ele é contra tudo isso, não é? Nos dois debates e nas entrevistas que assistir, o discurso do sr. Jair foi exatamente o contrário do que o acusam; o que ele disse foi que queria unir todos os brasileiros, brancos e negros, homo e heteros, homens e mulheres, nordestinos e sulistas, ricos e pobres; sem mais essas distinções e divisões impostas pela esquerda brasileira durante mais de 20 anos, culminando na conjuntura atual.

  2. Américo disse:

    “Embora Bolsonaro tenha sido vítima do próprio discurso de intolerância que vinha cultivando…”??? Que coisa é essa Carlos Britto? Você está doido? Agora querer que bandido seja preso. Que as baixarias que assolam o Brasil tenham fim. Que o MST e demais facções extremistas e terroristas sejam tratadas como devem, tudo isso, trata-se de discurso de intolerância? Sinceramente Carlos Britto, acredito que você não deveria ser tendencioso.

  3. Guilherme disse:

    Pena que em nosso analfabeto Brasil quem deveria formar opiniões também tem opiniões formadas pelo senso comum, raso, manjado, populesco, lobomizado.

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