Coluna da Folha: Apagão levanta debate da usina nuclear em Itacuruba

por Carlos Britto // 17 de agosto de 2023 às 07:00

Foto: Espaço Ciência/reprodução

O apagão elétrico que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal, na última terça-feira (15), repercutiu na reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e reacendeu uma polêmica que assombra o imaginário do povo sertanejo: o projeto de instalação de uma usina nuclear no município de Itacuruba, Sertão de Itaparica.

Mas há quem defenda e lute com força, como o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL). O parlamentar propõe a construção da Usina Nuclear de Itacuruba, uma obra que aportaria 50 bilhões de dólares (US$) em investimentos privados para o Estado e resultará na criação de mais de 6 mil empregos diretos e indiretos após a conclusão das obras.
Feitosa afirma que o apagão revelou a necessidade de o Brasil diversificar suas fontes energéticas.

A energia eólica, a matriz solar e as hidrelétricas dependem da natureza e, por isso, são conhecidas como energias intermitentes. Sendo assim, não podemos colocar todo o sistema de sustentação elétrica do País nelas”, argumentou. O parlamentar apontou, ainda, o elevado valor de produção e a alta taxa de poluição das termelétricas, alternativa que gera energia por meio da queima de combustíveis fósseis.

É natural que em momentos como o do mais recente apagão no país, sugestões açodadas sempre apareçam. Mas no caso da usina nuclear, a maioria da população de Itacuruba não quer ouvir falar nem de longe sobre tal possibilidade. Por isso, propor uma ideia como essa sem ouvir os maiores interessados não parece sensato.

Está suspensa

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou a suspensão da greve deflagrada pelos professores da Rede Municipal de Parnamirim (Sertão Central) na última segunda-feira, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em desfavor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Parnamirim (Sintepar). A Justiça julgou procedente uma Ação Declaratória de Abusividade de Greve movida pela prefeitura contra a entidade. No processo, a prefeitura argumentou que nenhum professor recebe abaixo do piso da categoria, estabelecido na Portaria do MEC, qual seja, R$ 4.420,55 para 40 horas semanais e R$ 3.315,21 para 30 horas. Afirma também que considera abusiva a exigência do sindicato de reajuste salarial de 15%. Além disso, a gestão acusa a greve de ser abusiva.

Dança das cadeiras

Em Igarassu, no Grande Recife, a prefeita Professora Elcione, que está de olho na reeleição, promoveu mudanças significativas no primeiro escalão da sua gestão, com vistas às eleições de 2024. O ex-vereador Ademar de Barros e a atual vereadora Érica Uchoa se integraram ao governo para reforçar a composição política do grupo. Ademar assume a Secretaria de Planejamento e Urbanismo, enquanto Érica passa a comandar a Secretaria de Projetos Especiais. Com a saída da vereadora, quem assume o mandato na Câmara Municipal é o suplente Afonso Geraldo de Sampaio.

Mais uma aliança

O deputado estadual Jarbas Filho (MDB) ampliou seu leque de apoiadores no Estado. Dessa vez, o parlamentar formalizou aliança política com o prefeito de Bodocó (Sertão do Araripe), Otávio Pedrosa (PSB). Agora, Jarbinhas – como é conhecido – já contabiliza o apoio de 13 gestores municipais do Estado. “Otávio já vem desenvolvendo um grande trabalho e, agora, vamos juntos batalhar pelo crescimento de Bodocó”, afirmou o deputado.

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  1. Edilberto disse:

    Isso é a maior aberração cogitar usina nuclear no rio São Francisco, estão de olho no grande volume dinheiro que séria investido. Como as Angras inúteis. Um acidente nuclear em uma usina no rio, levaria ao fim a população de ribeirinhos do velho Chico, durante centenas de anos. Será que eles sabem o que é uma radiação infinita vejam Chernobil.

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