Coluna da Folha

por Carlos Britto // 02 de junho de 2020 às 07:00

Em Petrolina, reabertura do comércio rende turbulências e revela cisão entre prefeitura e Governo do Estado

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, enfrenta uma volta conturbada do comércio. De acordo com o balanço das fiscalizações, só nessa segunda-feira (1), mais de 30 estabelecimentos foram visitados. A fiscalização estava munida de um ‘check list’ para identificar se todas as exigências estavam sendo cumpridas. Os que ainda não haviam se adequado foram informados sobre a necessidade de ajuste.

No entanto, essa está longe de ser a maior polêmica. Com comércio parado desde março, as lojas de Petrolina abriram em um clima de incerteza quando o Governo de Pernambuco divulgou nota negando a liberação do funcionamento do comércio no Estado.

O prefeito até então estava acompanhando a decisão do governador e sustentou que a decisão de abrir foi tomada de forma harmoniosa entre os dois: “Eu sei bem o que eu falei com o governador e também o que o governador falou para mim. Fiquei de conversar com ele e só depois disso devo me posicionar novamente”, afirmou Miguel.
O prefeito de Petrolina assegura que a 8º Gerência Regional de Saúde detém os melhores resultados de acompanhamento e prevenção ao contágio do Covid-19 e que a maior cidade do Sertão tem números que atestariam sua decisão.

Sem adiamento

O Prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares, torce para que não haja adiamento das eleições, uma vez que, todos foram eleitos até 31 de dezembro. Para ele, a solução seria aumentar o número de sessões e urnas para evitar aglomerações.

Em maus bocados

Em Ouricuri, o prefeito Ricardo Ramos se viu obrigado a esclarecer porque aparece em uma imagem de aglomeração que circula nas redes sociais. Na foto, ele aparece com mais 11 pessoas ao redor de uma mesa. Apesar de dizer que estavam almoçando, o prefeito não explicou porque o distanciamento de no mínimo 1,5m não foi respeitado.

Cobrança

Em Gravatá, no Agreste, vereadores da oposição acusam o prefeito Joaquim Neto de descaso com a saúde pública e de ignorar a crise causada pela covid-19. Em nota, afirmam que o prefeito usa o momento para palanque político. O curioso é que não há ações de advertência ao município movidas pelo MPPE.

WhatsApp

A prefeita de Frei Miguelinho, Adriana Assunção, foi mais um alvo de áudios de WhatsApp com críticas a sua gestão e jogou a culpa na oposição, afirmando que não passa de politicagem em época de campanha eleitoral.

Um vice pra chamar de seu

Em Afrânio, o ex-deputado federal Adalberto Cavalcanti procura um vice-prefeito desesperadamente. Só essa semana, o vereador Genilson Barbosa, o Pretinho e o médico e seu sobrinho, Ramon Cavalcanti disseram “não” à candidatura de vice. Na cidade já tem até bolão para saber quem aceitará a vaga.

Coluna da Folha

  1. Júnior Oliveira disse:

    Muita desorganizado era na loja Havan, muita gente batendo cabeça, sem distância necessária, não tinha álcool em gel , despreparo total, pra uma loja daquele porte, Tava aberta até as 22:00 hrs, Perigo total não tina nenhum fiscal por lá!
    Petrolina corre perigo viu com essas reabertura se nas coxas!

  2. Pedra no sapato disse:

    O Sr Prefeito tomou uma atitude corajosa, não insana. Tomara que não recue.

  3. Maria disse:

    O Governador está sendo muito mais sensato. O Prefeito deveria se aliar ao pensamento do Governador, pois assim todos ganharão. Com calma, devagar, se vence esse vírus.
    O dinheiro não pode ser o primordial. Primordial é a saúde.
    Podem aguardar quinze dias para ver o estouro de casos. Aí os irresponsáveis não vão assumir suas culpas, vão jogar tudo nas costas do prefeito. Vão crucificá-lo em vida. Aguardem!!!!
    Prefeito, prepare as costas para apanhar, pois o povo vai jogar toda a irresponsabilidade na suas costas. Ninguém vai assumir, nem esses empresários gananciosos que idolatram o deus dinheiro.

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