Agricultores baianos recebem estímulo para incrementar produção de mandioca

por Carlos Britto // 04 de julho de 2014 às 19:34

macaxeira.Cerca de R$ 5,3 milhões serão investidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para estabelecer uma rede de multiplicação e distribuição de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária na Bahia. O Projeto de Desenvolvimento Sustentável de Mandiocultura (Reniva) deve beneficiar cerca de 3 mil agricultores familiares nos 115 municípios da área de abrangência da Codevasf no estado, situados em 13 territórios de identidade.

As ações, que serão executadas por meio de convênio com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), envolvem a instalação de Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs), a construção de 100 Unidades de Propagação Rápida de Mudas (UPRs) e a aquisição de veículos, máquinas e implementos agrícolas. A Seagri terá contrapartida de R$ 594,3 mil, e o valor total do convênio é, portanto, da ordem de R$ 5,9 milhões.

Uma das vertentes do projeto Reniva é promover a propagação de materiais comprovadamente livres de vírus e outras doenças, como a bacteriose, a podridão radicular e o super alongamento, por meio das técnicas de micropropagação e multiplicação rápida em associações com grupos produtores organizados. Esses patógenos podem ser detectados em quase todas as manivas utilizadas para plantio no território baiano, causando até 80% de redução na produtividade e 50% de perda no acúmulo de amido.

“A operacionalização desse projeto irá contribuir para o aumento substancial da quantidade e qualidade dos materiais propagativos (manivas) disponibilizados aos agricultores familiares, o que irá cooperar para a sustentabilidade da mandiocultura no estado da Bahia”, salienta Rosangela Soares Matos, chefe da Unidade de Arranjos Produtivos da Codevasf.

A Embrapa é uma das entidades parceiras na execução do projeto. O engenheiro agrônomo Hermínio Souza Rocha, da Unidade Mandioca e Fruticultura, com sede em Cruz das Almas (BA), explica como funcionará o processo. “A ideia principal é dotar os próprios produtores rurais familiares de material genético livre de doenças e pragas e, também, transferir a tecnologia para a multiplicação massal de manivas de mandioca para que essas comunidades tenham acesso ao material de plantio em quantidade suficiente e nos períodos mais demandados para a formação de seus campos de produção”. As informações são da Codevasf. (Foto/divulgação)

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