Chesf ainda tem dúvida sobre redução da vazão do São Francisco para 700m³/s, diz comitê

por Carlos Britto // 04 de outubro de 2016 às 12:18

(Foto: Arquivo/Reprodução)

A uma semana de iniciar os testes para reduzir a vazão do rio São Francisco do patamar atual de 800 para 700 metros cúbicos por segundo (m³/s), a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) está em dúvida se conseguirá implementar a medida autorizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O motivo está em algumas das condicionantes definidas pelo órgão ambiental, antes da efetivação da medida. Essa foi a principal discussão durante a reunião de avaliação dos impactos da vazão reduzida, promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA) na segunda-feira (3), em Brasília (DF), com participação dos estados da bacia do São Francisco, a exemplo de Bahia, Sergipe, Pernambuco e Minas Gerais, com exceção apenas de Alagoas.

Diante da situação, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, disse que cabe à Chesf custear os estudos que atendam as condicionantes para identificar os impactos da defluência reduzida nos reservatórios de Sobradinho, na Bahia, e de Xingó, entre Alagoas e Sergipe. O presidente do CBHSF acrescentou, ainda, que são necessárias medidas para toda a bacia hidrográfica e não apenas para a região do Baixo São Francisco.

Conforme explicou o superintendente da Chesf, João Henrique Franklin, o prazo previamente definido para iniciar a vazão de 750m³/s, antes de chegar aos 700m³/s, agendado para a próxima semana, ficará prejudicado. Os condicionantes apontados pela empresa são as que versam sobre lagoas marginais; estudos socioeconômicos; monitoramento da fauna; e monitoramento da água subterrânea. A questão voltará a ser discutida na próxima segunda-feira (10), em Brasília, em reunião que será igualmente transmitida por videoconferência. (foto/reprodução)

Chesf ainda tem dúvida sobre redução da vazão do São Francisco para 700m³/s, diz comitê

  1. Crítico Construtivo disse:

    Se for respeitar essas condicionantes absurdas, não vai haver redução, por impossibilidade absoluta de se fazer tais estudos. Quando o lago de Sobradinho chegar a “0”, aí a vazão ficará a mercê do que estará entrando, algo em torno de 80 m3 de água, pois essa é a quantidade de água que entra na barragem de Três Marias. Nesse caso, vão punir quem? São Pedro?

  2. Joaseiro disse:

    Continuo com minha denúncia da ilegalidade em Maceió ser a sede do comitê por NÃO FAZER PARTE DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO! UM ABSURDO!

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