Cerca de 1,5 mil animais silvestres ganharam a liberdade este ano em Pernambuco, segundo CPRH

por Carlos Britto // 14 de agosto de 2020 às 17:00

Foto: Paulo Braga/LIAR-UFRPE

Em tempos de pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), a recomendação para ficar em casa e manter o distanciamento social só é válida para as pessoas. Lugar de animal silvestre é nas áreas de matas, longe de cativeiros, para que possam correr ou voar livres e soltos de qualquer amarra ou gaiola. Por isso a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), através da Unidade de Gestão de Fauna Silvestre, realizou, de janeiro até a primeira quinzena deste mês, a soltura de aproximadamente 1,5 mil animais silvestres de diversas espécies, tais como aves, pássaros, répteis e mamíferos.

Na última soltura, terça-feira (11), A CPRH reintroduziu 55 animais na natureza. Eles foram soltos numa Área de Preservação Ambiental (APA), unidade de conservação administrada pela CPRH, localizada no litoral Norte. Nesta ação, sete jacarés-de-papo-amarelo, 12 timbus de orelha branca, 16 cágados de barbicha, um cágado muçuã, 13 jiboias, duas cobras verdes, uma cobra caninana, uma cobra d’água e duas capivaras ganharam a liberdade, após passarem um período de tratamento e readaptação no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangará), órgão da CPRH. 

Segundo o biólogo e coordenador do Cetas Tangará, Yuri Marinho, depois de ganharem a liberdade, os animais vão em busca de um lar para cumprir seu papel na natureza, entre os quais, manter o equilíbrio do ecossistema. “Esses animais vão poder agora tentar achar um novo lar, já que, diante do desmatamento, a ocupação desordenada e os efeitos do desenvolvimento industrial fazem com que a cada dia mais animais precisem tentar aumentar seu nicho para áreas cada vez mais urbanas. Torcemos por dias com mais verde e casa para nossa fauna tão ameaçada”, explicou.

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