Cemafauna envia onça-parda para Centro de Conservação de Felinos em São Paulo

por Carlos Britto // 05 de outubro de 2016 às 20:43

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Na busca por uma possível reabilitação e retorno à vida livre uma onça-parda macho (Puma concolor) que estava sob cuidados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Cemafauna Caatinga), sediado no Campus de Ciências Agrárias da Univasf, em Petrolina, seguiu viagem para o Centro Brasileiro de Conservação de Felinos Neotropicais da Associação Mata Ciliar, em Jundiaí, interior de São Paulo.

A onça que, provavelmente, teve sua mãe morta por caçadores na região, chegou ao Cemafauna em julho de 2011 ainda muito pequena, contando cerca de 50 dias junto ao seu irmão, que infelizmente não resistiu e morreu. O Ibama foi acionado sobre a existência dos filhotes, fez o termo de depósito e os destinou ao Centro. De acordo com a médica veterinária Adriana Alves, o animal, assim que chegou ao Cemafauna, passou por exames clínicos, procedimentos de vermifugação e análise de escore corporal. Atualmente pesa cerca de 80 quilos.

onca-parda-cemafauna-embarqueA onça foi enviada via transporte terrestre de Petrolina até Salvador (BA), com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de uma equipe de médicos veterinários do Cemafauna. Da capital baiana ela seguiu via transporte aéreo pela Latam Airlines até Guarulhos (SP) sendo, mais uma vez, escoltada pela equipe da PRF. Já em Jundiaí, ficou sob monitoramento da médica veterinária Gabriela Félix que confirmou o bem-estar do animal nas novas instalações.

Referência

O intuito de enviar a onça para Centro de Felinos é que, por se tratar de uma instituição de referência internacional na reabilitação de animais silvestres, em especial das oito espécies de felinos que ocorrem no país, proporcionará a convivência com outros animais da mesma espécie, ajudando-o a tornar-se selvagem de fato, possibilitando uma ‘antipatia’ pelo humano. A Associação Mata Ciliar reforça que, como o animal viveu esses cinco anos em cativeiro, seu futuro na natureza até o momento é incerto e demandará muito trabalho, recursos e tempo. Há a necessidade de constatar se o seu habitat de origem ainda teria a capacidade de comportá-lo, tendo em vista as alterações de áreas conservadas de caatinga e o intenso tráfico de animais silvestres recorrente na região. Para esta operação o Cemafauna contou com a parceria realizada com as seguintes instituições: Latam Airlines Brasil, Ibama Recife, Polícia Rodoviária Federal e Associação Mata Ciliar. (fotos: Ascom Cemafauna/ divulgação)

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