Caso Beatriz: Em novo ato público, manifestantes pressionam secretário de Paulo Câmara por agilidade para solução do crime

por Carlos Britto // 18 de janeiro de 2016 às 16:56

manisfestação caso beatriz

Aos gritos de “Somos Todos Beatriz” e “Queremos apenas justiça!”, familiares da menina Beatriz Angélica Mota, de sete anos, assassinada cruelmente a facadas durante um evento festivo de final de ano no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, saíram mais uma vez às ruas da cidade. Este foi o terceiro ato público em menos de dois meses do crime que abalou a região.

Além da família da menina, que morava em Juazeiro (BA), várias pessoas da cidade baiana também reforçaram o movimento, juntamente com os cidadãos petrolinenses. Representando o prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho, Pedro Alcântara também se uniu ao clamor pela agilidade na conclusão do inquérito policial.

De camisas brancas com a imagem de Beatriz, os manifestantes – que foram convocados pelas redes sociais – partiram da Avenida Guararapes, de frente à prefeitura, até o Centro de Convenções Senador Nilo Coelho. Lá estava o secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Danilo Cabral, que veio a Petrolina para o lançamento do programa Chapéu de Palha da Fruticultura Irrigada deste ano, representando o governador Paulo Câmara.

Após abrir o evento, Cabral recebeu uma comissão do movimento ‘Somos Todos Beatriz’. A imprensa não teve acesso à reunião. No final, o publicitário Marcos Brasil, um dos que fizeram parte da comissão, disse que o secretário fez questão de ressaltar o empenho de Paulo Câmara em elucidar o caso. “Ele disse que o governador está atento ao caso e não está medindo esforços”, afirmou. Brasil revelou ainda que Cabral não viu nenhum problema em levar um pedido da família de Beatriz para que a Polícia Federal (PF) também entre no caso.

“Nós não queremos detalhes de investigação. Isso não nos interessa. Não queremos atrapalhar. O que pedimos é transparência. A sociedade não quer que esse crime fique como mais um na estatística”, ressaltou o publicitário, acrescentando que as mobilizações irão continuar. “Da parte dos homens e mulheres de bem de Petrolina e Juazeiro, permaneceremos nas ruas. A próxima manifestação, que rezemos para que não aconteça, mas se acontecer será em mais um mês de aniversário do assassinato de Beatriz, em fevereiro”, declarou. Para esse ato, Brasil disse que provavelmente os manifestantes deverão parar novamente a Ponte Presidente Dutra, como aconteceu no último dia 9 deste mês.

manifestação caso beatriz2

Agilidade

Uma prima da menina, Ryse Tâmara Ferreira Meneses Peixinho, disse ao Blog que a manifestação de hoje foi para cobrar uma resposta rápida da polícia para o Caso Beatriz. “Esse crime já vai caminhando para dois meses e a família, a sociedade, ninguém tem uma resposta. Estamos revoltados, esperando das autoridades uma solução para esse crime”, declarou.

Ryse fez questão de ressaltar também que, enquanto família, está se mobilizando com outros parentes de Beatriz e com a população para dar um apoio moral aos pais da garota, Sandro Romildo e Lúcia Mota, que não estão em condições físicas nem psicológicas de participar das manifestações. “Eles estão sob cuidados médicos, e por recomendação médica eles não vieram. Mas queremos mostrar que eles não estão sós”, finalizou.

Caso Beatriz: Em novo ato público, manifestantes pressionam secretário de Paulo Câmara por agilidade para solução do crime

  1. José Américo disse:

    O povo quer clareza? Que tal começar pelos próprios pais de Beatriz?
    Essa de que estão sem condições psicológicas não cola mais.
    Tem caroço e dos grandes, nesse angu!

  2. Maria J disse:

    Petrolina ultimamente tá bem violenta. Ano passado aconteceu uma morte dentro da univasf e outra no colegio auxiliadora. Se acontece dentro de dois colegios, o que nao deve acontecer por ai em outros lugares….
    Estranho essa demora toda em solucionar o caso do auxiliadora, nao ha cameras de segurança dentro do colegio?

  3. Mozart Jr disse:

    José Américo, condições psicológicas podem não ser temporárias assim como vc pensa. É um trauma muito grande para os pais, eles estavam em um dia que era pra ser festivo, de alegrias e terminou nessa tragédia terrível, vc tem idéia do que é ver aquela cena? É um pedaço deles que se foram, estão muito abalados sim, tenho certeza! Existem pais que conseguem se levantar e ir para uma manifestação querendo respostas, mas você e eu não sabemos de nada quando se refere ao trauma psicológico desta família,não somos ninguém para julgar, não estamos na pele deles. Não joga desconfiança nisso, é maldade de sua parte. Eu mesmo não sei se teria forças se acontecesse comigo, para os familiares a perda é tão grande que parece que nada mais importa, nada mais faz sentido.. é um momento muito complicado, então vamos respeitar, vamos ser humanos, vamos pra rua brigar por eles e principalmente pela memória da garotinha. Queremos resposta, o assassino está solto. Esperamos mais competência das autoridades, todos hoje em dia andam com celulares que possuem câmeras, há câmeras nas ruas, acredito que em uma escola como aquela também haja câmeras, creio que houve uma investigação em cima dos indícios. E aí?? Onde está o criminoso(a)?

    1. João José dos Santos disse:

      Mas a polícia está dando uma recompensa pra quem souber o paradeiro do criminoso, como assim? Quem é o criminoso?

  4. calaboca disse:

    Jose Américo,vc não conhece a família dela,não conhece os pais dela, então,se não tem nada melhor pra falar melhor que fique calado pois não precisamos da sua opinião inconveniente em um momento delicado como este.

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