Apesar de alguns pescadores insistirem na venda ilegal de cari, muitos consumidores petrolinenses estão atentos à ilegalidade e querem fazer a sua parte. Em contato com o Blog, vários comunitários denunciaram a venda que, segundo eles, continua acontecendo em diferentes pontos da cidade. Uma moradora da Vila Eduardo, por exemplo, denunciou a comercialização numa banca improvisada e disse estar consciente que a prática está proibida. “Eu vou ligar para denunciar ao Ibama. Eu mesma não comprei e não compro porque sei que está errado, mas infelizmente a venda ilegal continua acontecendo e muita gente compra mesmo”, denunciou a comunitária que prefere não ser identificada.

O analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Carlos Vanderlei, explica que a proibição se dá por conta da piracema, que teve início em 1º de novembro e segue até 28 de fevereiro.

“Estamos na época da piracema e a comercialização de peixe como o cari não pode ser feita porque o cari não tem condições de ser capturado senão de rede, e a pesca com rede não é permitida neste período para permitir a reprodução”, explicou. Já o responsável pela fiscalização do Ibama, Milton Gomes Filho, lembra que pescadores recebem um ‘seguro-defeso’, para não trabalharem neste período. Ele pede que a população colabore com a fiscalização fazendo denúncias.

 “A pessoa que for apreendida comercializando este tipo de peixe sofrerá as penalidades. Todo ano ocorre a mesma coisa, e o pior é que muitas pessoas recebem seguro para não pescar, mas continuam pescando. Pedimos que a população nos ajude. As pessoas podem ser parceiras e boicotar a compra porque os pescadores capturam o cari e ainda deixam sujeira no porto. É lamentável”, disse. Quem flagrar a venda do cari nesta época pode fazer denúncia ao Ibama através do número: (74) 3612-8762.