Enileide Souza Carvalho, mãe da adolescente Milian Carvalho da Silva, que morreu aos 15 anos durante internação no Hospital Dom Malan (HDM)/Imip, em Petrolina, no dia 2 de maio de 2018, disse que não vai descansar até solucionar o caso da sua filha.
“Cada caso novo que acontece, revivo tudo novamente”, lamenta Enileide, em entrevista ao Programa Carlos Britto, na Rural FM, nesta terça-feira (3).
Enileide voltou a dizer que a filha foi vítima de negligência. “Minha filha não morreu, mataram ela. Foi negligência, foi descaso, sim”, finaliza a mãe da jovem, informando que o inquérito policial ainda não foi concluído.
Na época, o hospital disse, através de nota enviada a este Blog, que uma série de fatores provocados por uma infecção culminou para o óbito. Na nota, o HDM/Imip ressaltou que a causa da morte foi “Edema Agudo de Pulmão/Choque Séptico/Corioamnionite/Ruptura Prematura de Membranas“, disse que a paciente foi atendida desde o momento em que deu entrada no hospital e que a equipe médica não mediu esforço para salvá-la.
O caso
De acordo com a família, Milian de Sousa Carvalho estava grávida de cinco meses, quando deu entrada no HDM/Imip após sentir dores e perder líquido. De acordo com a família, a jovem ficou internada e dormiu sentada em uma cadeira por falta de leito. Ela teria contraído uma infecção hospitalar, causando a morte dela e do bebê durante uma tentativa de parto normal.
O corpo da adolescente foi exumado no dia 25 de julho de 2018, no cemitério Campo da Paz, em Petrolina. A exumação foi acompanhada pela Polícia Técnica, o delegado da Polícia Civil, Gregório Ribeiro, e a mão de Milian, Enileide de Sousa Carvalho. A exumação foi solicitada pela Polícia Civil (PC), pois o corpo da adolescente não foi periciado pelo Instituto Médico Legal de Petrolina (IML).