Em Petrolina, Bolsonaro diz que Guedes tem que sair e “ir à praia” se for aprovada uma “reforma de japonês”

por Carlos Britto // 25 de maio de 2019 às 20:30

Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/TV Brasil)

Em Petrolina, ontem (24), o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a falar sobre a possível renúncia de Paulo Guedes, caso a proposta de reforma da Previdência seja “muito desidratada”.

Se for uma reforma de japonês, ele vai embora. Lá (no Japão), tudo é miniatura.  Se não tiver reforma, ele (Paulo Guedes) tem que ir para a praia. Não precisa mais de ministro da Economia. Vai fazer o que em Brasília?“, afirmou, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Com um tom alarmista, Bolsonaro disse que o Brasil entraria num caos econômico caso as mudanças não sejam realizadas. No Twitter, o presidente corroborou as afirmações e ironizou a imprensa.

“Peço desculpas por frustrar a tentativa de parte da mídia de criar um virtual atrito entre eu e Paulo Guedes. Nosso casamento segue mais forte que nunca kkkkk. No mais, caso não aprovemos a Previdência, creio que deva trocar o Min. da Economia pelo da Alquimia, só assim resolve“, afirmou.

“Reforminha”

Em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (24), Paulo Guedes disse que não ficaria no governo caso fosse aprovada uma “reforminha“.

Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar. Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. (…) Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios“, disse Guedes, segundo a reportagem.

Mais cedo, no Recife, Bolsonaro disse que Guedes “não era obrigado” a ser ministro.É um direito dele, ninguém é obrigado a continuar como ministro meu. Logicamente ele está vendo uma catástrofe, é verdade, eu concordo com ele (Guedes), se nós não aprovarmos algo realmente muito próximo ao que enviamos no Parlamento. O que Paulo Guedes vê, e ele não é nenhum vidente, nem precisa ser, para entender que o Brasil vai viver um caos econômico sem essa reforma”, disse Bolsonaro. (Fonte: Folha de S.Paulo)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários