Inaugurado no último dia 17 de dezembro pelo prefeito Júlio Lóssio, numa iniciativa pioneira em Petrolina, O Banco Municipal de Empregos (Bamem) para pessoas com necessidades especiais busca, agora, a consolidação.
Segundo Rose Andrade, gerente de Acompanhamento à Pessoa Com Necessidades Especiais da prefeitura (e principal idealizadora do projeto), a meta é unir as duas tangentes nas quais o Bamem está direcionado: as pessoas com deficiência e as empresas que contratarão essas pessoas. Desde sua inauguração até agora, a procura dos candidatos que se enquadram no perfil do Bamem ainda é baixa – entre três e quatro pessoas por dia, informa Rose. “Isso se deve, em parte ao comodismo e ao medo do novo. À medida que formos divulgando esse trabalho, as expectativas são de que as coisas mudem”, justifica.
Em relação às empresas, a situação também não é muito diferente. Rose revela que somente três delas entraram em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest), responsável pelo cadastramento das partes interessadas. E mesmo assim, os patrões querem contratar o candidato de imediato, sem que o mesmo ainda esteja qualificado.
“Não podemos encaminhar um candidato que não seja capacitado”, argumenta. A gerente ressalta ainda que pessoas fora do perfil – entre elas soropositivas ou que sofrem de doenças crônicas, como obesidade e câncer – têm procurado a Sedest, mas não podem ser cadastradas porque o Bamem não atinge esse público. “Não que a gente não queira atendê-las, mas essas pessoas estão fora do perfil”, explica.
Já as pessoas com deficiência que são aposentadas e recebem pensão ou auxílio, além de estarem aptas a participar do curso de qualificação ainda receberão no final um incentivo para abrirem seu próprio negócio. a iniciativa é fruto de parceria entre prefeitura e Banco Empreendedor. No momento, a gerente informa ter fechado a primeira turma para capacitação, que conta com 25 candidatos. O curso deve começar no início de fevereiro e durar um mês e meio.
Em Petrolina existem hoje 530 vagas que precisam ser preenchidas dentro da cota para pessoas com deficiência, mas não há candidatos qualificados para a função. As empresas, por sua vez, precisam cumprir essa cota sob risco de serem punidas pelo Ministério do Trabalho – como já vem acontecendo. Os interessados em se cadastrar devem procurar a Sedest no horário comercial (na Rua Valério Pereira, Centro) munidos de xerox de identidade e CPF, ou entrar em contato pelo telefone (87) 3862-9224.



