Autor de “Enquadrados” lança novo trabalho

por Carlos Britto // 04 de dezembro de 2010 às 20:42

Depois da repercussão de “Enquadrados”, o filósofo e fotógrafo (ou filotógrafo) Marcos Cesário apresenta um novo trabalho. Trata-se de um vídeo de cunho artístico-documental, intitulado “Raza-Razão” – o Raza foi escrito propositadamente com z, mesmo.

O vídeo é resultado de uma visita realizada em setembro deste ano a uma clínica psiquiátrica, localizada no interior da Bahia. Fazem parte do projeto o professor de filosofia, Ricardo Duarte, a pedagoga Maisa Antunes e a jornalista Emiliana Carvalho.

O lançamento de “Raza-Razão” aconteceu ontem (03) no Centro de Cultura João Gilberto. O vídeo tem o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) de Juazeiro. Na ocasião o secretário da pasta, Genes Batista, aproveitou o evento para anunciar a criação de um Conselho Municipal sobre Drogas.

Para o autor do vídeo, “Raza-Razão” é muito mais do que um trabalho documental. Tem também um olhar poético-filosófico a respeito das pessoas que vivem em outro estado de consciência. “A importância deste curta reside no espaço anterior ao pensamento, o sentimento. Todos somos deficientes mentais, mas os nossos ‘esquizofrênicos’ chamamos de racionais. Acreditamos controlar nossa vida, nosso tempo, mas dia após dia somos levados pelas circunstâncias, impostas pelo acaso à nossa pobre e frágil, ‘raza-razão’”, afirmou Cesário.

Pensando em estender a temática, os organizadores do projeto elaboraram um livro, também intitulado Raza-Razão, no qual foram reunidos textos de diversas autorias e um colóquio sobre a Loucura. O livro traz também o olhar de pessoas portadoras de deficiência mental.

Autor de “Enquadrados” lança novo trabalho

  1. Poeta disse:

    Consegui assistir o video e ao, eu ver não encontro nada poético, pelo contrário trágico. Esse filme foi gravado no Sanatório em Juazeiro, pois em visitas realizadas lá identifiquei pacientes conhecidos, acho que poderia ter poupado as imagens deles, já que eles não tem “consciência plena”, quem autoriza essa divulgação. Particularmente não gosto nem da morte da vaca e muito menos dessa falta de razão nesse ponto de vista, é tudo muito fúnebre e misterioso, ah isso é arte, perdão.

  2. Pedro Sá disse:

    Não há arte onde não há nada a ser vencido. (Albert Camus)

    O curta produzido por Cesário cala nossa “Rasa-Razão”.
    Caetano lembra, Visto de perto ninguém é normal.
    Compreensão não é nesse caso um termo requisito para cooperação. Os internos com razão ou não… Não tiveram suas imagens desgastadas ou prejudicadas para serem poupado. A produção de (Raza-Razão) mostra como é estéril o controle da nossa normalidade. E os aproxima de nos.
    Também não gosto da “morte da vaca” por isso através de (Condenados) tornei-me vegano… Quanto às palavras simplórias sobre arte de uma ironia nada (Poética), fazem me lembrar do poeta Irlandês que disse:
    “Toda forma de critica é uma espécie de autobiografia”.
    No caso do “Poeta” uma covarde (anônima).
    Defendendo o que senti, persiste e assina:

    Pedro Sá

    pedro.sa@hotmail.com.br

  3. Teresa disse:

    Penso que é preciso muita coragem para assumir o que acreditamos. Acredito em Raza-Razão; acredito na idoneidade de seus idealizadores; acredito nas almas sensíveis e na existência dos verdadeiros POETAS e, acima de tudo, acredito na beleza.
    Há algo realmente fúnebre e misteriosa na alma humana, que acha aceitável o sofrimento dos animais e que vê na possibilidade de legitimar a existência de pessoas que merecem ter suas vozes ouvidas algo de trágico.

  4. Teresa disse:

    Para esse poeta (da crítica boba e feia) que não é poeta coisa nenhuma, deve conhecer poucos projetos de Marcos Cesário, Emiliana Carvalho e Maisa Antunes que fazem todos os projetos “gratuitamente” com o único objetivo de possibilitar a mobilidade de almas tão pobres e invejosas.

  5. andré silva disse:

    Marcos Cesário coloca na prática o que professores bem pagos e parasitas das universidades só falam e mal,trancados em suas salas cor ar condicionado.Em vez de ler “Foucault” tão somente,lutar para mudar.Valeu cesário!

  6. adriano mota disse:

    eu acompanho o trabalho de marcos cesário faz tempo,mas quando entrei na universidade soube de umas figuras metidas a sabe tudo.Este comentário do tal “poeta” deve ser o professor-parasita que come um dinheiro danado da universidade,chinga como um tabaréu e que na uneb,sabemos ,morre de inveja de marcos cesário.

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