Ataques sangrentos a mesquitas deixam 49 mortos na Nova Zelândia

por Carlos Britto // 15 de março de 2019 às 08:20

Foto: TVNZ/via Reuters TV

Ataques simultâneos a duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, deixaram 49 mortos e 48 feridos nesta sexta-feira (15), informou a primeira-ministra Jacinda Ardern. Ao menos quatro pessoas envolvidas nos ataques foram detidas: três homens – dos quais um seria australiano – e uma mulher. A polícia local informou, porém, que não está descartada a hipótese de que outros agressores estejam envolvidos e, portanto, foragidos.

O Conselho de Saúde do Distrito de Canterbury informou que 12 feridos estão em estado grave e em cirurgias. Entre os 48 feridos há crianças e adultos. Um dos alvos do ataque contra a comunidade muçulmana foi a mesquita de Linwood, que estava lotada com mais de 300 pessoas, no subúrbio de Linwood, em Christchurch.

Um homem usou um rifle automático para atingir os fieis e transmitir o massacre, ao vivo, pela internet. O vídeo mostrou ele atirando sem parar enquanto caminhava.

Segundo testemunhas, o atirador usava capacete, óculos e um casaco em estilo militar. Ele entrou no prédio dez minutos após o início das orações, que começaram às 13h30 (hora local). Foi descrito como branco, loiro, magro e de baixa estatura.

Outra mesquita atacada foi a Masjid Al Noor, ao lado do Parque Hagley. Relatos indicaram novo tiroteio no local. Dos 49 mortos até agora, 48 morreram baleados nas mesquitas e um foi levado com vida, mas morreu em um hospital. Não foi divulgado ainda as identidades das vítimas.

A polícia confirmou que localizou um carro-bomba estacionado na Strickland Street, a cerca de 3 km do Hagley Park.

Sem precedentes

A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que esse é “um dos dias mais sombrios e sangrentos da história do país”. “Esse tipo de violência não tem lugar na Nova Zelândia”. Ela definiu o ataque como “um ato de violência sem precedentes na Nova Zelândia”.

Ardern afirmou ainda que um dos atiradores é um cidadão australiano. Os quatro suspeitos sob custódia não estavam em nenhuma lista de observação por parte da polícia. (Fonte: G1)

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