Longe de ser aceita como uma obra irreversível, a transposição das águas do Rio São Francisco continua suscitando protesto e mobilização na Assembleia Legislativa, onde está sendo organizada uma caravana para percorrer a parte navegável e parlamentares têm feito pronunciamentos em sua defesa. O líder do PT, Paulo Rangel, disse que o preocupa o fato de o projeto vir sendo tocado, “enquanto a processo de revitalização tem sido muito lento, sem a perspectiva de qualquer tipo de contrapartida”. Rangel, que é do ramo eletricitário e tem base eleitoral no município ribeirinho de Paulo Afonso, observou que “essa transposição, na verdade, ocorre há bastante tempo, através das operações da Chesf”, tornando as águas, “a cada dia, mais escassas para outras finalidade, o que atrapalha qualquer projeto de desenvolvimento sustentável para a região”. O parlamentar se referia à recente discussão que teve no Rio de Janeiro sobre a necessidade de diversificar a matriz energética do Nordeste, “90% de origem hídrica”