Se a eleição do governador Eduardo Campos (PSB) em 2006 está incluída na categoria zebra, a sua esperada reeleição, se se concretizar, será fruto do seu trabalho administrativo e político, com a ajuda de uma oposição de início acomodada e posteriormente atingida, em grande parte, pela pior forma de adesismo – o voto em troca do poder. Hoje, no estado, o poder chama-se Eduardo Campos.
Não apenas pelo cargo que ocupa, mas porque ele soube dinamizar sua gestão, foi competente no controle das forças que o apoiam, ao mesmo tempo em que anulou bases importantes da oposição, muitas das quais sem qualquer, como é o caso dos prefeitos do PSDB. A soma de tudo isso, dá ao governador 62% de intenção de voto para a eleição de outubro contra 24% obtidos pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), seu principal adversário.
Esses números da pesquisa feita pelo Instituto Exatta estão confirmando o que se ouve nas ruas: Eduardo caminha para exercer o segundo mandato como governador. A diferença entre os dois concorrentes é grande difícil de ser superada. Entre os outros candidatos, só Edilson Silva (Psol) aparece com 1% – os demais ficam no traço – o que distancia a possibilidade de um segundo turno, embora possa acontecer. É certo que o instituto da reeleição, pelo menos no Brasil, favorece a quem está no governo. O eleitor considera que o segundo mandato é algo quase automático, e uma eventual derrota só acontece caso a administração tenha sido um desastre, o que não é o caso.
O governo Eduardo tem méritos, além do que o governador gosta de ir para as ruas, adora de se exibir e tudo isso conta ponto junto ao eleitorado. Agora, a partir de janeiro, seja qual for o resultado da eleição, haverá uma nova composição de forças no estado, a começar pelo PT que ressurgirá mais robusto e muito mais perigoso, caso Dilma Rousseff seja eleita presidente da República.
E se for reeleito, Eduardo terá que exercer sua liderança com muito mais força do que tem feito desde que assumiu o governo. Afinal, 2014 ainda é algo incerto e não sabido e até lá ele pode perder as rédeas do poder. (Com informações de Marisa Gibson/Diário Politico)



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