No artigo desta semana, o jornalista Will Carvalho compara os poderosos da Copa do Nordeste que caíram diante dos pequenos a uma famosa fábula da literatura infantil.

Confiram:

Era uma vez a história de três porquinhos de classe média. Anualmente eles se viam em uma ferrenha disputa frente ao poderoso lobo mal. A função dos porquinhos: construir casas seguras. A do lobo: destruí-las.

Entretanto, todo ano essas casas vinham abaixo sem muitas dificuldades para o lobo. Os porquinhos reclamavam: “Nós não temos tanto dinheiro. Não temos condições de construir casas seguras. Já o lobo, com tantas posses, facilmente consegue comprar bons tratores e transformar nossas casas em pó”.

Um ano, no entanto, a disputa se inverteu. Eram os três porquinhos os ricos da competição. O lobo não tinha muito além do ar de seus pulmões pra tentar derrubar as casas dos porquinhos.

Acontece que apesar de nessa nova perspectiva os porquinhos serem os ricos da vez, a história não mudou. A casinha tricolor não resistiu nem mesmo ao primeiro sopro. As casinhas rubro-negras aguentaram um pouco mais, entretanto bastou que o lobo soprasse com um pouco mais de força pra que as casinhas ‘vermelha e preta’ evaporassem de forma vergonhosa.

Diante do vexame os porquinhos entenderam. O que se tem no bolso é importante, mas o que se traz na cabeça é mais.

Em tempo: Bahia, Vitória e Sport, em ordem decrescente, os três clubes mais ricos do Nordeste brasileiro, segundo ranking da BDO auditoria e consultoria financeira, não passaram das quartas-de-final da Copa Nordeste. Os semifinalistas são Asa, Ceará, Campinense e Fortaleza.

Will Carvalho/Jornalista