Artigo: Leitora denuncia racismo praticado por guardas municipais de Juazeiro contra um familiar seu

por Carlos Britto // 16 de novembro de 2012 às 19:28

Em pleno mês da Consciência Negra, a leitora Fabiana da Conceição Bezerra, graduanda em Psicologia pela Univasf, relata no artigo abaixo uma situação lamentável de racismo da qual um familiar seu foi vítima.

O fato, que ela faz questão de externar no Blog, mostra que atitudes como essa infelizmente não são raras no Brasil do novo milênio.

Confiram:

Prezado, gostaria de externar, por meio do seu Blog, uma situação vexatória de racismo vivida por uma pessoa da minha família na última terça-feira, nas proximidades da feira livre de Juazeiro. Meu cunhado (que é negro) passava no local por volta de 23 horas de bicicleta e com um capacete na mão. Foi abordado por guardas municipais e revistado pelos agentes, que de forma truculenta indagaram a respeito da origem do capacete que meu cunhado trazia.

Ele respondeu que era o dono do capacete e os guardas municipais perguntaram agressivamente se ele era ladrão de moto. Após essa sessão bárbara de humilhação e constrangimento, liberaram meu cunhado, que é um educador do Estado de Pernambuco e constantemente passa por situações semelhantes quando é revistado.

Ele (ao contrário de mim) já se acostumou com tal situação, mas EU NUNCA PERDEREI MINHA CAPACIDADE DE INDIGNAÇÃO COM RELAÇÃO A SITUAÇÕES COMO ESSA!

Estamos vivendo o NOVEMBRO DAS CONSCIÊNCIAS NEGRAS. É necessário rever conceitos e preconceitos dessa sociedade hipócrita e preconceituosa.

“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”. (Bob Marley)

Fabiana da Conceição Bezerra/Graduanda em Psicologia-Univasf

Artigo: Leitora denuncia racismo praticado por guardas municipais de Juazeiro contra um familiar seu

  1. Émerson disse:

    Olha seria bom nessa matéria deixar claro que foram GM e nao agente de transito um amigo meu acabou de me ligar querendo saber dessa historia começando pelo horario pois só se encontra agentes de transito até ad 19:00 salientando que São 2 classes totalmente distintas uma da outra

  2. Racismo? disse:

    Onde está o crime de racismo?

    Pode-se contestar a forma desrespeitosa, “ladrão de moto”, MAS CRIME DE RACISMO DECLARADO NÃO TEVE, se bem que PODE estar camuflado na forma que o abordaram.

    1. Anônimo disse:

      Não importa o nome que se dá…violência sempre é violência

  3. Watergate disse:

    Somente brancos devem ser revistados hoje em dia. Se revistar um negro é racismo por mais que ele seja suspeito.

    1. Snoop disse:

      Pois é. Uma inversão de valores ridícula. Se toca no branco, tem razão; se toca no negro, é racismo. Como se a pessoa fosse apenas a cor de pele.

  4. Snoop disse:

    Racismo onde? Seu cunhado estava andando de bicicleta com um capacete na mão em um local provavelmente ermo e tarde da noite. O nome disso é “atitude suspeita”, o que qualifica os guardas a realizarem a abordagem. Se vc acha que o abordaram só por ele ser preto, quem está injuriando o rapaz é vc. RACISMO é quando há um prejuízo a pessoa decorrente da raça, não confunda com INJÚRIA RACIAL, que é ofender a pessoa pela raça dela. De qualquer maneira, não foi nenhum dos dois casos. Ridículo essa história de “só passou por isso porque é preto”. Acaba sendo uma ofensa maior do que qualquer xingamento. Quer uma frase mais bonita? Aí vai:

    “Eu não preciso de um mês da história negra. A história negra é minha história. Quer saber como acabar com o racismo? PARE DE FALAR NELE.”

    -Morgan Freeman

    1. JOSEMIR GOMES DE AMORIM disse:

      MUITO BOM SEU COMENTÁRIO! ESTÁ HAVENDO MUITO ESPÍRITO DE INFERIORIDADE! OS NEGROS QUE SE RESPEITAM, NÃO PRECISAM DE TANTA PROTEÇÃO ASSIM, POIS SÃO CAPAZES COMO QUALQUER OUTRO SER.

      1. Anônimo disse:

        oração do dia:
        TOMARA QUE VC UM DIA PASSE POR ISSO!

    2. Anônimo disse:

      É sério que vcs estão legitimando esse tipo de abordagem dos “profissionais da guarda municipal”?!

  5. Critico disse:

    É impossível não se revoltar com atitudes como dessa pessoa que vem aqui em meio publico questionar uma abordagem e ainda por cima, querer de forma equivocada que isso seja racismo. Ela deveria aprender antes o que é racismo e o que é fundada suspeita antes de se fazer qualquer comentário absurdo. É bom lembrar a essas pessoas que gostam de fazer denuncias absurdas e sem fundamento, que existe o crime de DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA, que dá reclusão e danos morais para a parte indevidamente caluniada.

  6. soopp criticoo disse:

    ôpa! os coleguinhas que estão comentando, deixa eu adivinhar a cor da pele… ah claro são branquinhos, talvez de descendência estrangeira, e que afirmam aos quatro cantos que em seu sangue não corre sangue negro. tsc tsc

    É bastante interessante o quanto mexe com seus egos quando se defende um negro, um abraço aos coleguinhas pseudo-intelectuais.

    E é claro no Brasil não existe racismo aqui tudo é lindo, tudo é maravilhoso….

    1. Tieto do Agreste disse:

      Falou o negrão escravizado.

    2. Snoop disse:

      Síndrome de vira-lata.

      “Eu tenho pena de você”

      -Datena

    3. JOSEMIR GOMES DE AMORIM disse:

      O SANGUE MUDOU DE COR, FOI? PELO QUE EU ESTUDEI E PELO QUE EU SEI, O SANGUE CONTINUA DA MESMA COR: VERMELHA!

  7. DANIEL FERREIRA LEITE disse:

    Nós vivemos no país realmente racista, porque e defendido cota nas univesidade isso e racismo.

    1. JOSEMIR GOMES DE AMORIM disse:

      CONCORDO! O NEGRO NÃO PRECISA DESSE TIPO DE VANTAGEM, NÃO! ELE SÓ PRECISA ESTUDAR! É O CONHECIMENTO QUE FAZ A DIFERENÇA, E NÃO A COR DA PELE!

  8. Jair Lima disse:

    Ess história de racismo é absurda. Quantas pessoas, não negras, são abordadas diariamente conduzindo motos? Quanto a forma agressiva, se for verdade, cabe uma representação; se for mentira, trata-se de crime contra um órgão damadministração.

  9. Letícia disse:

    Que ridículo,

  10. Letícia disse:

    Conheço o rapaz que passou por isso, e pelo que fala, ou ele é azarado ou existe realmente preconceito, segundo o que ele, se tiver 30 blitz na cidade, ele é barrado nas 30… cara, isso é um absurdo, a pessoa nenhum capacete pode ter, uma certa vez um policial de pernambuco, fez uma abordagem semelhante e perguntou de quem era o capacete que ele portava e para onde ele estava indo…. agora eu vos pergunto, pra que esse interesse nessa abordagem? é realmente ridículo, quanto aos coleguinhas ofendidos, tenho um recado. Um dia isso pode dar CADEIA!

  11. Nilton de Almeida disse:

    bom dia (1).
    Um texto bem escrito infelizmente sobre um fato lamentável que integra um processo mais amplo se a gente pensa no Brasil e um conjunto de discriminações se pensamos em seu parente.
    É importante dar publicidade aos fatos, porque em última instância a responsabilidade também é dos empregadores dos funcionários públicos – efetivados ou terceirizados.
    Além do que, pelo que me consta, Guarda Municipal não tem atribuição de polícia para revistar pessoas transitando em via pública.
    Temos que botar a boca no trombone contra o racismo sim.
    O racismo se desmoraliza com denúncias criminais, mas também argumentação como você faz, buscando mudar mentalidades e comportamentos. Triste é pensar que já foi pior, e que a coisa tem arrefecido um pouco – no que diz respeito a constrangimento de pessoas – por conta de denúncias, acompanhamento e fiscalização dos movimentos negros e das consciências negras em suas várias expressões.
    Por fim, para não ficarmos apenas na dimensão legal (que é importante) pense que se você quiser comprar uma boneca negra para sua filha em lojas de Juazeiro ou Petrolina terás grande dificuldade. Se você quiser então comprar uma boneca INDÍGENA, aí é que não vamos encontrar mesmo.

  12. Nilton de Almeida disse:

    bom dia (2)
    O que ensinamos excluindo negros e índios do mundo dos personagens das brincadeiras? É de menino que se (dis)torce o pepino, e enquanto isto, o racismo se reforça. Onde está a “igualdade das três raças” nas prateleiras de brinquedos? Desafio todos os que escreveram de forma agressiva a Fabiana para que vão aos shoppings, vejam quantas bonecas existem (no total por loja) e vejam quantas são negras ou indígenas. Façam o exercício. Bom dia a todos. Aproveitem e assistam ao video do movimento MANIFESTO PORTA NA CARA (de novembro de 2009)
    http://www.youtube.com/watch?v=LQee_J0K4BY

    Se algum negr@ que leu estas linhas já viveu esta situação, ou não-negro testemunhou e considera isto uma injustiça, partilhe sua experiência.

    Ah! E cabe ao poder público verificar esta situação muito grave. Ou há concordância com estas ações? Tenho inclusive certeza que não são todos os Guardas Municipais que agem assim, até porque alguns já devem ter sido alvo de racismo e tem CONSCIÊNCIA disso.
    Atenciosamente,

    Nilton de Almeida
    ETC/Ciências Sociais – UNIVASF

  13. Camilla disse:

    Poxa!!
    Como somos todos preconceituosos!!
    Como é confortante ouvir depomentos de “astros” embranquecidos pela grande mídia, ao invés dos relatos racistas do dia a dia.
    Quanto preconceito manifesto por “nicknames”. Claro, claro…
    Não pega bem se identificar enquanto racista, mas eu posso pensar sem me mostrar que tá tudo bem?!
    Somos todos mestiços, todos negros, todos pardos, todos indios. Mas também somos todos racistas!
    O racismo não está aí, está dentro da cabeça de cada um!!

    E, RACISMO se combate falando de RACISMO sim! Racismo se combate educando!

  14. wagner disse:

    Coleguinhas, sem muitas palavras bonitas (como as de vcs aki muito “entendidos” no assunto), o que tenho pra afirmar é o seguinte:
    sou NEGRO, valorizo minha raça e cultura. tbm sou PM, conheço os procedimentos e as intenções de uma abordagem e digo:QUALQUER pessoa que esteja em atitude suspeita seja preto ou branco seve ser abordado e venhamos, passar de bicicleta com um capacete na mão (pq se for na cabeça é doido), é, no mínimo estranho. O que vcs precisam entender é que n é desmérito a ninguem ser abordado, o antigo e sábio ditado diz: “quem n deve,n teme” eu já fui várias xs nem por isso me achei constrangido. o problema ai nem foi a cor, foi mesmo o “calo”. A “sociedade” exige um trabalho bem feito mas n aceita quando acontece com ela ou com os próximos. Ai fica difícil.

  15. camila disse:

    uuuuuuuuuuuuuuu
    nao entendi nada eu so quero sabbbbeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeroooooooooooooooooonnnnnnnnnnnnnnndddddddddddddddddeeeeeeeee ooooooooooo rrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccciiiiiiiiiissssssmmmmmmooooooooooo eeeeeeeeeeeee pppppppppppprrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaatttttttttttttttiiiiiiiiiiicccccccccccaaaaaaaaaaaaddddo

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