No Dia do Goleiro, comemorado nesta sexta-feira (26), o jornalista e colaborador do Blog, Will Carvalho, não poderia deixar de render sua homenagem nesta crônica abaixo.
Boa leitura:
Era manhã de sábado. Acordei, tomei café e sai correndo pra rua. Era dia de jogar bola e eu tinha passado a semana toda ensaiando na minha cabeça os gols que faria.
Quando eu abri o portão, o pessoal já estava todo por lá, os chinelos já formavam as traves e o Luizinho gritava alto: “-Pá o ímpa pa tirá o timê!”
O Juca já se aproximou dele com a mão direita escondida atrás das costas. “Impa”. Eles eram os dois mais velhos, mais rápidos e mais habilidosos da rua. Se jogassem juntos, não tinha graça.
“-Ganhei. Três é impa. Rodrigo!”, escolheu, o Juca.
-Beto! Chamou, o Luizinho.
-Vem, Ricardo.
-Dedé.
-Junior.
-Nico.
Normal. Eu não era tão bom assim. Sabia que não seria escolhido logo de cara.
-Hun… Vem Zé. Mas fica atrás, hein!
– Ricardo! “Ei! O Ricardo é nosso”, reclamou o Juca.
-Foi mal!
Eu, que desanimado, já estava sentado no meio fio, me levantei olhando fixo pro Luizinho. Agora ele me chama! Pensei.
-É… Hun… Diego
Como assim? Só sobramos o Bola e eu? O Bola?
-Vou te chamar, mas é pra correr, viu?! Vamos Bola.
Fiquei por último? Só sabe o quanto é horrível pra uma criança ficar por último na escolha de um time quem já passou por isso.
– Cláudio, você vai pro gol, viu?!
Coloquei os chinelos nas mãos e, de cabeça baixa, caminhei até o gol fazendo uma oração. Decidi evitar a todo custo que aqueles meninos fizessem um gol sequer em mim. Não os deixaria ter a alegria de um gol. Não passaria por aquilo de novo.
Assim o fiz.
Naquela manhã de sábado eu peguei até pensamento. A cada defesa meu time gritava meu nome. “Cláudio!”
Daquele dia em diante, antes de escolherem os times, tirava-se par ou ímpar pra escolher o goleiro.
Mas na verdade, era pra ver quem me teria no gol.
Continuei agarrando tudo que é bola.
Só uma coisa mudou: eu comecei a usar meu segundo nome.
A cada defesa que eu fazia, dava pra ouvir o grito: “Taaaffaaarel! Cláudio Taffarel”.
Will Carvalho/Jornalista
Gostei Will, parabéns pela lembrança!
Quando o goleiro é o protagonista a emoção é sempre maior!
Muito boa…É difícil terem goleiros como tafarel, que move o mundo com as mãos
Muito bom, este artigo mostra fielmente como nascem os grandes goleiros.
Válido a lembrança, mas o texto é fraco.
Treina um pouco mais Will.
Excelente.
Muito bom!
O texto é fraco?
Como tem gente que acha que entende de algo, né? Arrogante …
Esse tipo de artigo tenta mostrar o lado lúdico do futebol e da posição. Acho que o jornalista se saiu bem.
Parabéns