Artigo do leitor: Especialista despeja críticas a falta de respostas para Caso Beatriz

por Carlos Britto // 01 de maio de 2016 às 19:38

O-CASO-BEATRIZ-FOTO-NOVANeste artigo enviado ao Blog, o especialista em Direitos Infanto-Juvenis, José Elias Gomes Batista Filho, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), perdeu a paciência com os rumos que o Caso Beatriz está tomando, quase cinco meses após o brutal crime que abalou a região, sem que nenhuma resposta de concreto tenha sido apresentada à sociedade. Ele não poupa críticas à Polícia Civil de Pernambuco, Ministério Público e nem mesmo ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, onde a pequena Beatriz Angélica Mota, de apenas sete anos, foi assassinada com 42 facadas.

Confiram:

As peças do xadrez riscadas pelo descaso, incapacidade e desserviços a sociedade

Mais de quatro meses se passaram e estamos mais uma vez tentando imaginar aquele trágico dia festivo no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.

O que de fato aconteceu? Quem cometeu o crime? Como foi o modo e sua operação? Quantos autores participaram?

São tantas perguntas e nenhuma resposta concreta, uma luz, um sentido e afinal um caminho para descobrirmos o (s) sanguinário (s) que tiraram a vida da pequena Beatriz.

Estranhamente a escola finge em dizer que está fazendo tudo para elucidar o caso, mas em seu passado recente permitiu a entrada de estranhos em seu recinto, onde deveria haver apenas alunos e seus familiares para aquele momento festivo.

Pois é! sua colaboração é ínfima, tamanho o descaso que fez, não apenas com a garota Beatriz e sua família, mas como demonstrou sua incapacidade de realizar eventos em seu estabelecimento, como a falta de um plano de segurança aos alunos e familiares, motivando ao risco de todos que estavam presenciando a triste formatura.

Poderia ser qualquer um, repito, poderia ser qualquer um. Meu filho, sua filha, sua sobrinha e porque não sua neta. Todos naquele dia estavam expostos. No entanto, por descaso da escola, a pessoa escolhida foi Beatriz. Não vou dizer aqui que foi o destino que quis assim, pois estaria sabotando a memória de Beatriz, mas porque a escola não foi capaz de protegê-la, não teve sequer um segurança ou representante legal que interviesse na ação criminosa do (s) executor(s).

Depois do ocorrido, operaram unicamente para avisar aos pais e seus familiares de que nada poderia ser feito. Deus! Depois da morte da menina apareceram seguranças e outros responsáveis pela escola. Isso é uma barbaridade psicológica para os pais e um ataque a todos que estavam no momento da formatura.

Escola Maria Auxiliadora, sua omissão valeu a perda de uma vida e expôs várias crianças em situação de risco. Sua ganância em poupar com segurança como câmeras e sensores hoje contribui para unicamente atrapalhar a elucidação deste lastimável crime que retirou de nós uma menina de apenas 7 anos.

Eu repudio vocês, administradores, dessa escola que deveria ser banida de Petrolina, demolida e esquecida pela sociedade petrolinense.

Que um dia os muros caiam! São minhas orações. Que essa escola se acabe, assim como foi ferida no peito com facadas a menor Beatriz, onde retiraram dos seus olhos o brilho da vida da nossa menina.

Que este colégio em sua história fique lembrada apenas por este crime, pois vocês foram os executores indiretos que ceifaram a vida da pequena e sonhadora Beatriz.

Um dia, senhores administradores, vocês irão saldar a morte dessa criança, seja aqui em nosso plano terreno ou na justiça divina, pois sua avareza oportunizou ao(s) assassino(s) que cravassem diversas facadas em uma garota de tenra idade.  

Aos meus olhos, os segundos executores indiretos são a pífia Polícia Civil de Pernambuco e o Ministério Público deste mesmo Estado, que não apenas por falta disso e daquilo (aparato policial e criminal) vem deixando o(s) monstro(s) livre (s) para assassinar a sociedade, podendo vir a acontecer outros casos parecidos, onde nossas crianças estão desprotegidas e desprovidas de segurança.

Nesse caso, onde se falta na fala de aparato policial, é um problema sério, mas que tem que ser encarado e enfrentado pela Polícia e o Ministério Público, pois existem sempre opções para se resolver equações por mais difíceis que sejam.

Não vamos culpar apenas a falta de estrutura, mas que sejam providenciados meios alternativos para efetuar o trabalho com eficiência e seriedade.

Sendo bem sincero e sarcástico, a foto exposta pela Polícia Civil é tão comum em nosso Brasil miscigenado que em qualquer esquina podemos confundir um cidadão batalhador com o bandido. Quando eu observei com toda minha ansiedade, pensei que fosse piada de mau gosto com algum colega de trabalho da Polícia Pernambucana. Ridículo!!!

Outrossim, não vou citar nome, mas um renomado investigador quis ajudar na elucidação do caso, o que poderia trazer outras vertentes e olhares para um plano, visto que a Polícia se demonstra perdida e sem uma superfície ou esquema para caminharmos para finalização do caso.

Vergonhosa e extremamente egoísta a atitude tomada pela cúpula da Polícia Civil, o que demonstra sua incompetência e falta de humildade para aceitar que não tem outros meios e recursos de se chegar ao(s) executor(s) do crime, mas reproduzo, a culpa não é apenas falta de aparato material policial, mas por incompetência mesmo!

Por fim, aonde está o Ministério Público? Só pode estar descalço e esperando a próxima vítima.

Aliás, tanto faz como tanto fez, por falta de prova e autoria do crime, como ele é o autor da Ação Penal, pode pedir o arquivamento, que nada mudará na vida desses defensores da Lei.

Sempre respeitei muito a instituição Ministério Público, mas esse caso em particular me tira a paciência que restou.

Falta cobrança, falta perfeição para agir como defensor da Lei; não digo falta de vontade, mas querer é poder e isso o Ministério Público tem esse poder, de poder agir mais eficazmente, pois sobra a nós esperarmos que os representantes do Ministério Público façam cumprir as leis e tantas forem as diligências necessárias para colocarmos a(s) pessoa(s) que ceifou a vida da menor Beatriz.

Hoje sinceramente, senão houver uma ação enérgica e motivada em fazer e aceitar a contribuição de outros interessados que possam contribuir com o caso, jamais chegaremos ao(s) autor(es) desse brutal assassinato, que não apenas retirou o sorriso dos pais e familiares desse pequeno anjo, mas entristeceu todos da sociedade nestas duas cidades irmãs.

Com isso fica uma pergunta fúnebre, se fosse a sua filha ou seu filho, o que você faria?

Esperamos dias melhores, que Deus ilumine os pais e demais familiares da pequena Beatriz, que possam ser consolados e que fiquem na certeza de que estamos juntos e iremos sofrer e não esquecer jamais a pequena, mas linda história que essa garotinha nos deixou.

José Elias Gomes Batista Filho/Especialista em Direitos Infanto-Juvenis no Ambiente Escolar pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Artigo do leitor: Especialista despeja críticas a falta de respostas para Caso Beatriz

  1. Cidadão disse:

    Concordo com o leitor que expos esta opinião.

  2. vera disse:

    Disse tudo .

  3. Edilene Oliveira /Dormentes/PE disse:

    Concordo plenamente com o Sr.José Elias Gomes Batista Filho; falou tudo que muitos gostariam de falar e não tiveram coragem e/ou oportunidade de dizer: A verdade nua e crua!!!

  4. Graça Leite disse:

    Concordo plenamente com o leitor que expôs está opinião…

  5. Petrolinense disse:

    Muito bom e consistente seu comentário.
    O diretor administrativo da escola, não falarei seu nome mas você sabe que é você, tem que lembrar que a omissão também é crime e que após encontrar o autor (es) da ação e punir, o autor da omissão também tem que ser punido. Abrir as portas não é ajudar. É obrigação.
    As mentiras faladas por ele(s) na reunião de apresentação da segurança da escola – para os país – estão caindo por terra e quem estava lá sabe o que estou falando.

  6. Nana disse:

    Concordo e na minha humilde opinião as pessoas apontadas como suspeitos pela polícia são na verdade bode expiatório para dar “respostas” as pressões da sociedade e para disfarçar sua incompetência. Uma festa repleta de pessoas de classe média alta e vão acusar a classe pobre e trabalhadora que estava ali não para comemorar e sim para ganhar o pão de cada dia. também não acredito que aquele crime tenha tido a participação de mais de uma pessoa. Acho que esse crime está sendo mal investigado e a escola está sim querendo esconder algo, no mínimo deturpar os fatos.

  7. kasttelo viannna disse:

    Ate agora eu tinha ficado em selencio sem qeurer acredita que um colégio tom importnte onde meu filho estuduo 3 anos e depois do crime eu ainda tive coragem de deicha a ele estudando la. mas agora depois dessa declarações se eu não tivesse tirado ele de la eu tiraria ainda hojo.

  8. Maria disse:

    Para ser um especialista, mostrou que não entende de nada. Um caso como esse poderia ter acontecido em qualquer lugar, até mesmo na casa da família, é mais difícil, mas não é impossível. Aí se tivesse acontecido na casa da família também era para banir a família, destruir a casa?
    Outra, já pensou na possibilidade de o criminoso ou criminosa, ser um aluno(a), ser um dos familiares ali presentes? Não é necessário ser exatamente um estranho, maltrapilho, para ser um assassino, pode ser também um doutor, arrumadinho e cheiroso. Porque não?
    Repito: De especialista não entende de nada!

    1. Felipe disse:

      Perfeito Maria, até respeito a opinião dele, mas não posso concordar que demolir a escola seria algo plausível. Por mais doloroso que esteja sendo pra todos nós (todos nós sim, pois todos estamos acompanhando com sofrimento toda essa história), não seria derrubando a escola que se resolveria o crime. A escola é reconhecida como uma das melhores da nossa cidade. Utilizar da dor pra realizar comentários como esse não é demonstração de especialidade nenhuma. Me parece que está meio perdido esse Senhor aí.
      Mas em alguns pontos, até concordo com ele, sobre a ineficiência da polícia, do ministério público, sobre a falta de humildade em reconhecer que não conseguem investigar, pela rejeição a ajuda do perito que queria vir contribuir com as investigações.
      Ainda aguardamos respostas, torcemos que se descubra logo que fez isso com a menina Beatriz. A escola pode até não estar contribuindo como deveria, e pode ser cobrada por isso, mas demolir a instituição é querer procurar chifre em cabeça de cavalo.

    2. Crítico Construtivo disse:

      Concordo com vc, Maria. A escola ofereceu segurança. Se a segurança falhou, não se pode jogar toda a culpa na Instituição. A policia civil, em nenhuma momento, disse que a administração do colégio Maria Auxiliadora dificultou as investigações. Na verdade, não passa de um comentário desnecessário de um evangélico, o termo orar denuncia como tal. Não ajuda em nada. Eu até acredito que infelizmente o relatório do delegado será inconclusivo. aproveito para levantar uma tese: e se o assassino foi apenas o executor? e se o ou os mandantes após a ordem de execução, também eliminou o executor? onde está esse homem que aparece no retrato falado? foi abduzido por alguma nave espacial? tudo muito estranho.

  9. Felipe disse:

    Perfeito Maria, até respeito a opinião dele, mas não posso concordar que demolir a escola seria algo plausível. Por mais doloroso que esteja sendo pra todos nós (todos nós sim, pois todos estamos acompanhando com sofrimento toda essa história), não seria derrubando a escola que se resolveria o crime. A escola é reconhecida como uma das melhores da nossa cidade. Utilizar da dor pra realizar comentários como esse não é demonstração de especialidade nenhuma. Me parece que está meio perdido esse Senhor aí.
    Mas em alguns pontos, até concordo com ele, sobre a ineficiência da polícia, do ministério público, sobre a falta de humildade em reconhecer que não conseguem investigar, pela rejeição a ajuda do perito que queria vir contribuir com as investigações.
    Ainda aguardamos respostas, torcemos que se descubra logo que fez isso com a menina Beatriz. A escola pode até não estar contribuindo como deveria, e pode ser cobrada por isso, mas demolir a instituição é querer procurar chifre em cabeça de cavalo.

    1. Raquel disse:

      Parabéns Felipe e Maria pelas suas colocações. Se este senhor chamado Elias é especialista, somos doutores em direito, pois suas colocações são primarias e carregadas de emoção. Gostaria de fazer uma pergunta a ele. Fechando ou demolindo a escola resolveria o crime? Então senhor Elias, volte para os bancos da faculdade e aprenda o que o senhor não aprendeu em sua caminhada acadêmica. Deixe de fantasiar suposições.

  10. Niédja disse:

    Pelo que tenho acompanhado através das mídias sociais a família de Beatriz não abre a boca pra falar nada em relação a polícia, muito pelo contrário vejo eles sempre defendendo com unhas e dentes a atuação do delegado e da polícia civil no caso, se focam mais em travar uma briga com a escola e deixar claro isso nos protestos do que cobrar de quem de fato deve dar uma resposta a sociedade. Ontem não vi fotografias de faixas em frente a delegacia de polícia, se fez a cobrança pública em todos os órgãos, deveriam ter feito lá também. A escola é uma das responsáveis por este assassinato, mas a família e o grupo que a apoia focar apenas nela não vai elucidar o crime, a polícia deve assumir seu papel diante da sociedade de Petrolina e do Brasil, tendo mais humildade na condução do caso para resolvê-lo.

  11. Betânia disse:

    Não concordo em partes com odepoimento do Sr. José Elias. Mas digo que não teria coragem de deixar meu filho estudar nessa escola.

  12. Eu disse:

    Pra mim, tem segredo demais nesse caso. Nem descobrem nada, nem divulgam o que sabem pra população ajudar.

  13. Marcos Moura disse:

    Caramba, como esse blogueiro publica uma insanidade dessa?? De um maluco lá de Sergipe que propõe, vejam só, a demolição de um dos melhores e mais tradicionais
    colégios de Petrolina!!! Como foi sugerido em um comentário acima, esse “especialista” talvez tenha algo contra a religião católica – já que o colégio em questão é de orientação desta religião – para fazer uma declaração tão infeliz desta. E pior, algumas pessoas que aqui postaram concordam com o dito cujo!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários