Artigo do leitor: “Coronavírus e seus impactos econômicos e sociais”

por Carlos Britto // 11 de abril de 2020 às 18:12

Foto: divulgação

Neste artigo, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) analisa os efeitos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ele acredita que todas as medidas preventivas tomadas pelos governantes devem ser voltadas a trazer segurança das populações para mudar não apenas o presente, mas o futuro do mundo.

Confiram:

O mundo inteiro está focado em um só assunto: a pandemia do Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Apesar de a doença ter se originado na China, todos os dias milhares de novas contaminações e mortes em decorrência do vírus são registrados em quase todos os países do mundo.

O vírus é uma variação que faz parte da família coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, em 1960 foi a primeira vez que o coronavírus foi detectado. Sendo assim, os cientistas já conhecem o vírus, mas não sabem o que pode ter causado a mutação dele. Até então, as variações conhecidas eram SARS-CoV e MERS-CoV. A doença provocada pelo novo coronavírus foi nomeada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de Covid-19.

Os primeiros casos de Covid-19 foram identificados na cidade de Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro de 2019. A princípio, a doença era tratada como um tipo de pneumonia. Os primeiros infectados tinham algum tipo de relação com um mercado local de frutos do mar, o que levantou a suspeita de que a infecção tinha relação com os animais marinhos. Ainda não existe a certeza de que, de fato, a transmissão ocorreu só de um animal marinho. Por isso, outros bichos entraram na lista de possíveis suspeitos, como cobras e morcegos.

A  cronologia do coronavírus Covid-19 revela uma rápida disseminação mundial. Com isso, a OMS decretou emergência de saúde pública de interesse internacional, no fim do mês de janeiro passado. A medida é tomada quando um evento com implicações para a saúde pública ocorre de maneira inesperada e supera as fronteiras do país inicialmente afetado, demandando uma ação internacional imediata.

O Brasil está registrando hoje mais de 1.000 mortes e mais de 20.000 infectados, por coronavírus, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. A taxa de letalidade vem crescendo a cada boletim médico e chegou a 5%.

Os sintomas do coronavírus são bem parecidos com o da gripe e, por isso, podem ser confundidos. Os infectados podem apresentar coriza, dor de cabeça, dor de garganta, febre, tosse seca e dificuldade para respirar, sendo os últimos três os principais sintomas. Em relação à prevenção, ainda não há nenhum tratamento específico para o Covid-19 e, nem mesmo uma vacina. Por isso, a melhor maneira de evitar o contágio é com higienização das mãos e, quando possível, de todo o corpo. É recomendado lavar as mãos com água e sabão e não se esquecer de esfregar entre os dedos, pulsos e antebraços por, pelos menos, 20 segundos e reforçar a limpeza com álcool gel. Também é importante evitar tocar os olhos, nariz e boca, o ideal, é usar um lenço para fazê-lo.

Sempre que a pessoa for tossir, deve cobrir a boca com a parte interna do braço. Desinfete as superfícies que for usar, como mesa de trabalho e objetos, principalmente o celular. E claro, evitar sair de casa ou viajar, principalmente de avião e, para locais com alto índice de casos.

A pandemia está causando danos à saúde física e mental de muitos, está impactando a economia e, com tudo isso, tem nos movimentado para buscar soluções. O que mais precisamos no momento é parar de olhar somente para o agora e nos concentrar em medidas preventivas que nos permitam mais segurança para começarmos a mudar o nosso presente e o nosso futuro.

As medidas implementadas de isolamento e/ou quarentena para impedir o avanço do vírus, nos países mais afetados, provocaram a interrupção das atividades normais das pessoas, desmobilizando recursos. Isso impactou negativamente na produção, no consumo corrente e nos investimentos. Portanto, a gravidade dos efeitos econômicos do Covid-19 deve-se à sua capacidade de gerar, ao mesmo tempo, choque negativo na oferta e na demanda agregada mundial. Ademais, há uma enorme pressão sobre os recursos (físicos e humanos) na área de saúde, com o aumento dos casos de pessoas infectadas, sobretudo, no pico da pandemia, o que requer uma espécie de economia de guerra, nesse segmento. Em virtude disso, muitos governos estão adotando medidas para combater a crise instalada pelo novo coronavírus.

Em Pernambuco, por exemplo, o governador Paulo Câmara tomou uma séria de medidas para o enfrentamento da situação: 1) Anunciou o lançamento do cartão alimentação para estudantes da rede pública estadual, com investimentos na ordem de R$ 12 milhões; o repasse de R$ 50 irá beneficiar cerca de 240 mil estudantes, em todas as regiões do Estado 2) A garantia de pensão integral para famílias de servidores da saúde e serviços essenciais, vítimas do novo Coronavírus; 3) O lançamento de um pacote para reduzir as despesas de custeio, que incluem: energia elétrica, água, material de consumo, contrato com fornecedores, entre outros.

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria da Fazenda, na busca por alternativas para reduzir os efeitos da crise na economia estadual, provocada pela pandemia do novo Coronavírus, tomou uma série de medidas que está impactando diretamente sobre o setor produtivo. Entre as deliberações constantes do pacote estão a prorrogação de prazos relativos ao cumprimento de obrigações tributárias e contestações, suspensão de execuções fiscais e notificações de débitos.

No decreto, o Governador prorrogou para 30 de junho os prazos vencidos a partir de 21 de março de 2020, relativos ao cumprimento de obrigações tributárias acessórias previstas na Legislação Estadual e à contestação do débito constante. O texto também determina a suspensão, pelo mesmo período, da emissão de Notificação de Débito sem Penalidade e, dos procedimentos que visem ao descredenciamento dos contribuintes do ICMS, relativos às diversas sistemáticas especiais de tributação.

Já o Governo Federal anunciou uma série de medidas econômicas e regulatórias para fazer frente ao impacto da pandemia de coronavírus, de dimensões crescentes e ainda incertas, que tem paralisado atividades no mundo todo e elevado os temores de recessão. 

O conjunto de iniciativas já anunciadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro e pelo Banco Central inclui: afrouxamento da meta fiscal; apoio à população mais vulnerável; Redução de jornada com corte de salário e suspensão de contrato; auxílio para trabalhadores informais e autônomos; Prorrogação do pagamento de tributos e contribuições; apoio financeiro a Estados; socorro ao setor aéreo, de turismo e de eventos; ampliação da liquidez nos mercados; ajuda do BNDES e bancos públicos; apoio a pequenas e médias empresas; adiamento do reajuste dos remédios; adiamento do prazo da declaração do Imposto de Renda; linha de crédito com recursos de fundos constitucionais; novos saques do FGTS, a partir de 15 de junho; isenção do pagamento de conta de luz de clientes de baixa renda, dentre outros.

Deus queira que não, mas isto é apenas o princípio de uma pandemia que atinge o Planeta, cabendo aos seus povos: cuidados, cuidados e cuidados.

Gonzaga Patriota/Deputado Federal

Artigo do leitor: “Coronavírus e seus impactos econômicos e sociais”

  1. Marcos disse:

    Parabéns pela análise. O desemprego é recorde. O motor do mundo, EUA, ja tem 17 milhões de desempregados nos últimos dias. . A China tera que pagar por isso. Sem medo dos chineses. Aqui faltam medidas de redução dos salários dos servidores públicos. A economia tá indo para o caos e muitos servidores estão assistindo de camarote. Coragem para pautar essa questão urgente

    1. MARCIUS disse:

      Não se faz economia sem vidas. As maiores do mundo também pararam para combater algo maior. Muitos empresários, não são todos, não pensavam nos trabalhadores antes e não penam agora também. Estão pensando apenas pq reduzirão seus lucros. Muitos nunca perguntou ao seu funcionário como a vida dele seguia, muitos não sabem quantos filhos tem seu empregado, muitos acham que a vida dele fora da empresa pouco importa. Amigo, todos terão prejuízos. E os empresas algum suporte será dado, dificuldades todos passarão, as pessoas com menor condições o governo de alguma forma ou de outra, vai tentar dá um suporte, mas tem muitos que não se enquadram no parâmetros do governo para auxílios, não são empresários para os suportes, baixas taxas que serão dados, mas tem que se reinventar, se virar, de alguma forma correr atrás. Chega de pensar só no próprio umbigo. A pandemia veio para pensar em muita coisas, pois pense e veja que as as maiores economias, são as mais afetadas e de pouco o seu R$ tem adiantado.

  2. Maria do carmo disse:

    Deputado: a onda do desemprego, do desabastecimento, da fome, da violência, …., pode provocar o caos total, se a sociedade ficar parada por semanas. Que Deus tenha misericórdia.

  3. Popo disse:

    Kd os Vereadores de Petrolona , vcs deviam doar 50% dos salarios pra aduerir enssumos como EPIs pra casa geriatica de Petrolina.
    Vereadores inutei de Petrolina.

    MUDA A CÂMARA DE VEREADORES DE PETROLINA 2021

  4. Jonas disse:

    Por incrível que pareça, o texto foi bem redigido, pontuando todas as implicações dessa epidemia, nas áreas de saúde pública, economia, e social; evitou-se frases meramentes lacradoras do tipo “fique em casa”, ou “toda vida importa”! O problema do vírus é muito mais complexo do que se imagina, e o seu enfrentamento não pode ser pior do que o vírus em si. Pelo texto, percebe-se que o governo federal tem agido de forma bem mais efetiva e volumosa, não só no que se refere à saúde pública, mas principalmente nos efeitos econômicos danosos que já se apresentam.
    Não vi em nenhuma das medidas do governo estadual a postergação de impostos como o IPVA ou ICMS, pense numa sanha arrecadadora essa do governador!

  5. Daniel Manoel de Sá disse:

    A Esquerda quer é a destruição do Brasil para tirar Bolsonaro da presidência do país. É provável que Gonzaga esteja comemorando.

  6. MARCIUS disse:

    Cabe também uma reflexão Deputado. O que tem feito, pensado, aqueles que possuem mandato em relação a tanto que se tira da nossa nação, pois são tantos penduricalhos, tantas “coisinhas” somadas aos bons salários, que uma nação com tantos problemas não aguenta mais. Ter que pagar 14º salário, auxilio paletó, moradia, gasolina, plano de saúde para tds da família e em alguns casos vitalícios, etc, etc, etc. E não se vê em momento algum um questionamento, uma vergonha, um seja lá o que for por parte de vocês, pois nesse momento tão difícil o que feito a separação política que ainda é feita, estimulada, para que a população dividir-se e ficar enfraquecida para cobrar de vocês o que deve ser cobrado. Vocês fazem com que a população foquem na briga boba política e esqueçam o essencial, que é cobrar resultados, ações de vocês e que nesse momento foi de quem menos se viu. Parece que a maioria de vocês, com medo da cobrança por ação da população, se escondeu ainda mais ressaltando o que se vê em tempos de “normais” o da insignificância.

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