Artigo do leitor: “A história da tatuagem”

por Carlos Britto // 30 de dezembro de 2015 às 22:10

untitled6Neste artigo enviado ao Blog, a Professora Mary Ann Saraiva traz informações interessantes sobre a tatuagem. Dá até para pensar, após a leitura, se vale ou não a pena estampar uma pelo corpo.

Confiram:

A tatuagem é feita inserindo-se com agulha um pigmento, geralmente de origem mineral, na derme, camada mais profunda da pele, constituída de tecido conjuntivo propriamente dito, dos tipos frouxo e denso não modelado.

Na derme, no tecido conjuntivo frouxo, há macrófagos (células de defesa), que agem fagocitando o pigmento, por ser um corpo estranho ao ambiente da derme. A ação do macrófago fagocitar o pigmento faz parte da resposta inflamatória e objetiva proteger o organismo. Assim, o pigmento inserido no ato da tatuagem ficará dentro dos macrófagos.

Dessa forma, ao visualizar uma tatuagem, o que vemos é o pigmento contido nos macrófagos. Todavia, cada célula do organismo tem um ciclo de vida e, quando os macrófagos passam por apoptose (morte celular programada), originando novas células, a tatuagem vai se tornando mais opaca e perdendo a cor ao longo dos anos.

Atualmente, a maneira de “apagar” uma tatuagem consiste em sessões com uso de raio laser e creme anestésico, que destrói seletivamente os pigmentos. Não apaga milagrosamente, exigindo muitas sessões.
Recentemente, no Canadá, o estudante Alec Falkenham, da Universidade de Dalhousie, anunciou o desenvolvimento de uma tecnologia de baixo custo para remover tatuagens. O produto será um creme, como um hidratante, e não precisará de supervisão médica na hora da aplicação. Após a aplicação, o creme libera uma droga no organismo que elimina apenas as células coloridas pela tinta, sem danificar o tecido ao redor.

O creme foi nomeado de Bisphosphonate Liposomal Tattoo Removal (BLTR). A tecnologia é menos invasiva para o corpo do que os procedimentos de remoção a laser.

O pesquisador canadense assegura garante que o custo do creme para retirar uma tatuagem de dez centímetros ficará em torno de 4,50 dólares (cerca de R$ 18,00), o que é muito mais barato que uma sessão a laser. Mas, não há previsão de lançamento do creme para comercialização. Ainda está em teste.

Profª M.Sc. Mary Ann Saraiva Bezerra Fornelos Pereira/Bióloga com mestrado em Biologia pela UFPE/Profª de Biologia do BioS Petrolina/Juazeiro e da Graduação em Agronomia do IF Sertão-PE%


Últimos Comentários

  1. Era tão articulado que foi eleito sem voto pelos militares. Não ganhou por mérito próprio, foi imposto.