Artigo do leitor: “A convivência adequada com os cartões de crédito”

por Carlos Britto // 30 de janeiro de 2020 às 13:40

Professor Eurico Régis Serafim. (Foto: Arquivo Pessoal)

Em mais uma colaboração para este Blog, o professor Eurico Serafim chama atenção para as ‘armadilhas’ dos cartões de crédito e como os consumidores podem conviver com eles sem entrar numa ciranda financeira. Confiram:

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o consumismo nos diz que para sermos felizes precisamos consumir tantos produtos e serviços quanto possível”…“curta hoje, pague depois tornou-se o novo lema do consumismo mundial”.

Como o comportamento da grande maioria das pessoas, no que se refere ao consumo, é influenciado pela mídia, moda, mania de copiar os hábitos de compras dos outros, soberba de aparentar, etc, enfim…à medida que o consumo tende a aumentar, o risco de desequilíbrio das contas vai na mesma direção.

No caso específico da utilização dos  cartões de crédito, que é a forma de pagamento mais usual, é conveniente observar: agilizam as transações, facilitam os negócios, mas é preciso tomar cuidado. Eles podem se tornar um belo parceiro, mas também podem virar uma grande  dor de cabeça. Nos dão sensação de poder, permitem compras parceladas, na hora da aquisição não se vê a conta bancária diminuir, mas as faturas chegarão em breve.

Por exemplo: provavelmente a maioria dos consumidores está começando a receber as faturas das compras do Natal, do réveillon, das férias de verão, do material escolar dos filhos, mas já está de olho nos gastos que serão feitos, sabe-se lá como, no período de Carnaval. Não é mais conveniente ser parcimonioso e quitar a maior parte das dívidas antigas? É preciso, em princípio, saber avaliar a sua capacidade de compra e, além disso,  ter conhecimento das taxas de juros do cartão.

Em média, no Brasil, as taxas de juros dos cartões chegam a 350% ao ano. E quem sabe disso? Tal aquisição, tal compra, precisa ser realmente efetivada ou é o impulso, pose ou o aparentar que vai levar a isso? O fato é que quando se chega à situação de estar efetuando pagamento mínimo de faturas de cartão de crédito, isso significa que não se cumpriu uma regra fundamental: comprar de acordo com o seu poder aquisitivo, e aí será difícil reequilibrar o orçamento. Daí vêm problemas familiares, profissionais e de relacionamento que podem levar a situações de difícil resolução.

Cartões de crédito são como celulares: são bons instrumentos para tornar a vida mais ágil e dinâmica, mas é fundamental ter equilíbrio e disciplina. Usá-los quando for conveniente e necessário. Fora disso poderão se tornar uma grande dor de cabeça. Aliás é sempre bom avaliar, com regularidade,  como está a sua relação com os seus cartões. Quanto menos cartões, melhor, menos risco. E se puder compre sempre à vista.

Eurico Serafim/Professor

Artigo do leitor: “A convivência adequada com os cartões de crédito”

  1. André Luiz Queiróz de Andrade disse:

    Grande Professor Eurico, mais uma vez, enriquece-nos com seus ensinamentos. Não sei por que, me faz lembrar um Professor de Economia na época de Faculdade, diga-se de passagem, um dos melhores do curso, que sempre aconselhávamos sobre os riscos dos negócios altamente rentáveis, exemplificando com uma plantação de melão.
    Parabéns meu Mestre.

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