Artigo do leitor: “Dia Estadual da Liberdade Religiosa em Pernambuco”

por Carlos Britto // 25 de maio de 2016 às 19:00

Liberdade Religiosa LogoNo Dia Estadual da Liberdade Religiosa em Pernambuco (25 de maio), a leitora Romana Fernandes nos envia este artigo, pelo qual faz uma importante reflexão.

Boa leitura:

Em nosso país, a atual Constituição Federal, Carta Magna de 1988, não elege nenhuma religião como sendo a oficial do Estado. O Artigo 5º, VI, CF/88 estabelece: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.

O dia destinado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco – Alepe como o Dia Estadual da Liberdade Religiosa, é uma forma de expressar o valor das religiões e deixar de forma equânime a possibilidade da manifestação das diversas tendências espirituais da liberdade religiosa.

A capacidade de termos o entendimento de que temos “um Deus”, traz a evidência de que existe “um Deus”. Colocamos aqui o artigo indefinido pra exatamente trazer a ideia de que cada religião pode ter o seu deus. Enquanto Cristãos do segmento evangélico, levantamos a “Bandeira” de Jesus Cristo, o Deus que se fez homem e habitou entre nós – o “Logos” que se fez carne e deu a sua vida em sacrifício por nós. E este favor imerecido, nós o chamamos de “Graça Redentora”. Para nós é de grande importância este dia, especialmente porque nos traz a consciência de que somos livres para anunciar e celebrar àquele que deu a sua vida por nós!

Infelizmente ressaltamos, e não podemos negar que, com uma visão mais holística, percebemos que muitos, nos diversos segmentos, usam da particularidade de suas religiões e denominações para manipular as pessoas em prol de interesses particulares. São muitas vezes estruturas religiosas dominadoras que mantém o controle, o governo sobre os outros, valendo-se de que o ser humano já traz dentro de si a necessidade intrínseca, da busca pelo transcendente, da busca pelo sobrenatural.

E muitos usam desta particularidade, inerente ao homem, para manipular, para conduzir de forma equivocada, as pessoas de “boa fé”, trazendo para estas, jugos bastante pesados. Tais líderes se valem de sua influência e furtam o direito das pessoas de terem ensinamentos verdadeiramente cristãos, fundamentados na Bíblia Sagrada, para nós – A Palavra de Deus.

Infelizmente, tais líderes não possibilitam que as pessoas tomem suas decisões ante a fé. Todavia, quando ensinam, o fazem de forma tendenciosa, conveniente e particularizada, sem deixar que as pessoas que os ouvem tomem uma decisão mais consciente, mais acurada, mediante estudos e aprofundamento das questões espirituais propostas. Pelo contrário, impõem suas crenças e dogmas como verdades absolutas.

Tomando como base de que Jesus veio para “libertar” e “salvar”, não entendemos por que se levantam líderes, intitulados “cristãos”, que com suas práticas e influências equivocadas, tornam a aprisionar a quem Jesus já libertou.

Façamos desta data uma oportunidade para reflexão, no que tange as diversas formas de crer, pois crer exige o ato de pensar e toda ação dele resulta. Como afirma o escritor John Mackay (2012): “Comprometimento sem reflexão é fanatismo em ação, reflexão sem comprometimento é paralisia de toda a ação”.

Como autênticos cristãos que nos propomos a ser, reconhecemos na Trindade Santa: “Jesus Cristo como Salvador, Deus como criador e sustentador do Universo e o Espírito Santo, que traz o discernimento de todas as coisas”. Aquele que evidencia os princípios espirituais da Palavra, o que faz a distinção do certo e do errado, do Santo e do profano, da verdade e da mentira.

Assim, se o Estado nos garante a liberdade religiosa, que esse direito sirva para cultuarmos a Deus com sabedoria e discernimento, com uma fé inteligível e racional, respeitando as diversas formas de crença.

Romana Fernandes/Leitora

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