Após morte por difteria em Salgueiro, especialista alerta para reforço da vacinação

por Carlos Britto // 10 de setembro de 2015 às 11:00

especialista demétrius montenegroDepois que o estudante Paulo Sigernando da Silva, 14 anos, morreu com sintomas de difteria (febre, dificuldade respiratória, edema de pescoço e dor na garganta) em Salgueiro (PE), no Sertão Central, apareceram outras três pessoas no Estado com o quadro clínico semelhante – todas adultas. Os casos ainda são suspeitos, mas já acende o alerta para o fato de que vacina, inclusive contra difteria, não é só assunto de criança.

Os irmãos gêmeos de Paulo, de 19 anos, que estão internados no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), em Santo Amaro, área central do Recife, passam bem. Eles apresentavam sinais brandos da doença e agora já estão sem febre e lesões na garganta. “Sabemos que, embora tenham feito o esquema vacinal corretamente na infância, não tomaram a dose de reforço, que é essencial para conferir imunidade contra a difteria”, diz o infectologista do HUOC, Demétrius Montenegro.

Dessa maneira, ele alerta para a necessidade de toda a população, independentemente da idade, ficar atenta à carteira de vacinação. Além dos casos suspeitos de Salgueiro, há uma mulher de 57 anos internada no Real Hospital Português, em Paissandu, área central do Recife, com sintomas de difteria. Moradora do bairro de Casa Amarela, Zona Norte da cidade, ela deu entrada na unidade de saúde no dia 16 de agosto.

O hospital informa que o estado de saúde dela está em sigilo, mas a Secretaria de Saúde do Recife adianta que foi realizada a coleta de secreção do nariz e da garganta da paciente para confirmação (ou não) da doença, o que deve ser feito em breve com o resultado do exame. As pessoas próximas à paciente estão em tratamento medicamentoso e foram imunizadas.

Proteção

Para quem não faz ideia se já tomou alguma dose da vacina contra difteria, que também protege tétano, a recomendação é iniciar um esquema de vacinação. “São pessoas que devem tomar três doses de DT. É preciso ter um intervalo de dois meses entre casa dose”, explica o médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, que pede para a população ficar atenta ao tempo do reforço, a cada dez anos. (fonte: JC Online/foto: Ricardo B.Labastier/JC Imagem)

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