Apesar dos discursos opostos, vereadores da Casa Plínio Amorim rendem-se à lei e aprovam novo salário de Lóssio e equipe

por Carlos Britto // 22 de fevereiro de 2013 às 07:17

casa plinio amorimComo não seria diferente, a polêmica marcou ontem (21) a votação do projeto de lei de autoria do Legislativo de Petrolina que reajustou o salário do prefeito Júlio Lóssio (PMDB), do vice Guilherme Coelho (PSDB) e dos demais secretários de governo.

Assim como fizeram no ano passado com o aumento em 100% nos vencimentos dos representantes da Casa Plínio Amorim, representantes do Movimento Observatório Político manifestaram-se no plenário.

Mesmo cientes de que o projeto é legal, eles continuaram com o mesmo posicionamento á época do reajuste dos vereadores: “legal, mas imoral”. O argumento foi refutado por um dos integrantes da bancada governista, Ailton Guimarães, um dos 13 vereadores que votaram a favor do projeto. “O aumento é legal, é moral e merecido”, enfatizou.

Outro governista, Dr.Pérsio Antunes (PMDB), reforçou os argumentos do colega de bancada. Ele chegou a comparar o salário de Lóssio, que passará a R$ 17,5 mil mensais, com o do prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho, o qual teve o aval da Câmara juazeirense para receber R$ 20 mil.

Dr.Pérsio disse ainda que Lóssio poderia receber até R$ 24 mil, mas o prefeito teria recusado porque estaria justamente pensando em buscar recursos para conceder reajuste aos servidores de Petrolina, que segundo o Sindicato Municipal da categoria (Sindsemp), só recebeu 16% de aumento nos quatro primeiros anos do Governo Lóssio. “A data-base dos servidores é maio, eu não entendo porque o Sindsemp quer antecipar”, disse o governista, diante de lideranças do Sindicato presentes no plenário.

Contraponto

Nem todos os vereadores, no entanto, viram o reajuste – ou ‘fixação do teto salarial’, como insistem em dizer – sob o mesmo ângulo. Mesmo sabendo da legalidade, Maria Elena preferiu se abster de votar, lembrando-se do “jogo de cena” que o prefeito fez no ano passado, durante a campanha eleitoral, quando enviou um batalhão de comissionados e sua equipe do guia na época do reajuste dos vereadores, quando ela era presidente da Mesa Diretora. “Foi uma clara tentativa de me pressionar e desgastar a Casa”, desabafou.

O líder governista Ronaldo Cancão (PSL) também se absteve do voto, “em respeito aos vereadores da legislatura passada”. Segundo ele, o projeto que concede aumento nos vencimentos do prefeito e sua equipe de governo deveria ter sido enviado no ano passado, e agora terá efeito retroativo a janeiro. “Não posso votar num equívoco do prefeito”, desabafou. Outros dois vereadores votaram contra: Zenildo do Alto do Cocar (PSB) e Manoel Antonio Coelho Neto, o Manoel da Acosap (PHS).

Este último, como representante dos agentes comunitários de saúde na Casa Plínio Amorim, justificou que não poderia ter “dois discursos”, já que, enquanto servidor, vinha defendendo junto aos agentes um reajuste para a categoria. Um dos discursos mais contundentes ficou com Cristina Costa (PT), a qual afirmou que “por politicagem” o prefeito deixou de enviar o projeto no momento certo (em 2012). E. dirigindo-se aos demais colegas, desafiou a Casa a acabar com a polêmica, reduzindo seus próprios salários – já que, pela lei, o vereador não pode ganhar mais do que o prefeito. Apenas Manoel da Acosap topou. Ela também cobrou, na presença de um dos representantes do governo, Cléber Araújo, que Lóssio envie um projeto que reajusta os salários dos servidores. 

A única ausência ontem na Câmara foi a do líder de governo, Elismar Gonçalves (PMDB), que justificou à Mesa. Além do novo salário do prefeito, o vice passará a receber R$ 14 mil e os secretários de governo, R$ 11 mil.  

Apesar dos discursos opostos, vereadores da Casa Plínio Amorim rendem-se à lei e aprovam novo salário de Lóssio e equipe

  1. Só Jesus salva! disse:

    Qual foi a porcentagem do aumento?, seria interessante saber e dividirmos por quatro para saber quanto dá por ano, ai saberemos se é justo, se for o mesmo percentual que foi dado ao servidor tá ótimo, se não foi, não é justo, e ainda vem querer dá uma de bonzinho, fala sério!

  2. JOSE AUGUSTO disse:

    Prezados,

    Brito é preciso que o povo tenha claro em mente que a posição de dois vereadores foi COVARDE, não tiveram coragem de votar contra e se retiraram do plenário, isso sim é comodismo, AFINAL QUAM CALA CONSENTE.
    SERÁ QUE ELES VÃO DISPENSAR O AUMENTO.

  3. jose antonio disse:

    MUITO BEM OBSERVADO JOSE AUGUSTO, FAÇO DAS SUAS MINHAS PALAVRAS!

  4. Givaldo disse:

    Agora a trupe errante do circo do Legislativo e do Executivo estão todos felizes. Enquanto o povo amarga sua sorte na sarjeta da porta de entrada. A política petrolinense que sempre me orgulhou, agora causa-me náuseas. Viva o circo que se instaurou em Petrolina.

    1. Joedson Silva disse:

      Epa, Sr. Givaldo! Cuida para que não confundam as coisas. A Trup Errante (Cia de Teatro das nossas cidades e que leva os nomes delas pelas cidades por onde passa) em nada se assemelha ao “ofício”(?) desses fantoches. Que bom seria se fosse um circo instalado na cidade! Seria muito melhor do que essa fossa, carente de limpeza há anos!

      Nojo de políticos que lutam pelos interesses particulares.

  5. Jose disse:

    Parabéns Givaldo pelo seu comentário.!
    A arena está instalada.
    Pena que Petrolina está entregue nas mãos dos que tem perfil do art 171 CPB . O que mais me assusta é ver esta mesa diretora.! Todos! Será que tem espelho para se olharem da cara deslavada?

  6. Julia disse:

    O homi demite 70% da prefeitura pra ajuste de contas, re-contrata 10% porque quer reduzir custos e aumenta o salário da equipe (cúpula) em 30%. Qual a calculadora que ele usa que estou precisando de uma dessas aqui em casa pra fechar as contas do mês.

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