Aneel anuncia retomada do leilão para construir hidrelétrica no Pará

por Carlos Britto // 16 de abril de 2010 às 21:04

belo monte

De pouco adiantou a presença no Brasil de personalidades artísticas mundialmente conhecidas, como o cineasta James Cameron e a atriz Susan Sarandon, que engrossaram o coro dos insatisfeitos contra a intenção do governo federal de construir uma usina hidrelétrica em Belo Monte, no Pará.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) emitiu nota nesta sexta-feira (16) para anunciar a retomada do edital de venda da energia da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Mais cedo, a própria agência havia divulgado a decisão de adiar o processo por conta da liminar concedida pela Justiça paraense suspendendo a realização do leilão de escolha das empresas construtoras da usina, marcado para o próximo dia 20 de abril.

Como o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região atendeu recurso da Advocacia Geral da União e anulou a liminar na manhã desta sexta, o órgão decidiu manter os procedimentos.

O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, reforçou nesta tarde, após reunião com a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que o leilão para a construção da usina de Belo Monte não será adiado. “O leilão está mantido para o dia 20. Com a queda da liminar, não há impedimentos legais para a sua realização. Temos todas as condições de manter o leilão”, disse.

O prazo para inscrições das empresas interessadas em participar do leilão termina nesta sexta, assim como o prazo para depósito de garantias de participação – aos interessados devem apresentar comprometimento de 1% do valor total da obra, R$ 190 milhões.

A obra, uma das vitrines do governo federal, é alvo de contestações por parte de moradores locais, especialistas e entidades nacionais e internacionais. São alvos de crítica a viabilidade econômica da obra, o impacto para comunidades indígenas e a possibilidade de seca em parte do rio. O governo, no entanto, diz que os índios não serão afetados e afirma que a obra é fundamental para garantir o abastecimento de energia elétrica nos próximos anos. As informações são do Portal G1 de notícias.

Aneel anuncia retomada do leilão para construir hidrelétrica no Pará

  1. galdino neto disse:

    Em todas as construções de hidrelétricas há constestações da população. Assim foi em Itaipu, Sobradinho, Itaparica, assim está sendo em Três Gargantas, na China (embora os direitos de manifestação por lá sejam suprimidos), assim está sendo em Belo Monte. James Cameroon deveria voltar para os Estados Unidos e mostrar o exemplo de energia limpa que nós temos para o mundo, a hidrelétrica. Ele usa a energia de sua casa, de seu trabalho, proveniente da queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo), daí vem 70% da energia americana, contribuindo para o efeito estufa e diversas catástrofes climáticas que acontecem no planeta. James Cameroon deveria voltar para os USA e mandar desligar todas as termelétricas de lá. Por quê ele não faz isso? Por quê ele tem medo de parar o seu país. Agora quer vir mandar parar o crescimento do Brasil. Medo da concorrência, é? Esses hipócritas americanos que não cuidam nem dos seus quintais agoram vêm querer moralizar o quintal dos outros. Espiões americanos, disfarçados de religiosos e representantes de Ongs, a pretexto de salvar a Amazônia, enviam nossos recursos da biodiversidade para alimentar a indústria farmacêutica e cosmética americana. O Brasil precisa de energia para subsidiar seu desenvolvimento e a forma mais limpa de energia viável hoje é a hidrelétrica. Que alternativa tem os críticos de Belo Monte? Construir uma usina nuclear? Uma temelétrica que jogue toneladas de CO2 na atmosfera? A cara energia solar, que ainda não é viável em larga escala no Brasil, bem como a eólica? Criticar é fácil, apontar soluções, difícil. O pior é que a oposição, simplesmente por oportunismo barato e irresponsabilidade extrema, pegam carona no blá blá blá do americano. Se vencerem as eleições, pegarão carona na conclusão de Belo Monte, batizando-a como filha deles…

  2. Marcos Macedo disse:

    Até quando essa submissão ao pensamento dominante dos americanos e europeus. A imprensa deveriar elevar nossas conquistas e desavios ainda por serem vencidos. Basta de pensares escravocratas e sucessivamente equivocados, ora se é bom o pensamento dos americanos esperimenta ser garçom ou baby sitter lá, deve ser melhor que serví-los aqui.

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