Num e-mail enviado ao Blog, o ambulante Carlos Soares faz uma série de questionamentos sobre os critérios utilizados pela Prefeitura de Petrolina para organizar os ambulantes na festa de Réveillon, na orla da cidade, que acontece hoje (31). E não poupa críticas.

Confiram:

Carta de desabafo

Sou ambulante em Petrolina e não posso deixar de desabafar contra este governo que quer de toda forma enganar o povo, pois não somente eu mas todos os ambulantes que estavam no Centro de Convenções para fazer o cadastro, pensando que íamos poder trabalhar livres para garantir o pagamento das nossas despesas com este evento, já que passamos o ano todo pagando para trabalhar, e aí depois que é feito o cadastro nos mandam para a orla para ver o local. Mas aí é onde a ficha cai, porque lá não podemos escolher o local porque os melhores estão reservados para neguinho.

E até mesmo a bebida temos que vender a dele e ganhar somente a comissão.  O espaço perto do palco é uma área VIP para os amigos do rei, e quem quiser ficar lá tem que pagar. Como é feito isso? Existe contrato. É doação de espaço só pra uns e outros não. Não basta no São João, que temos que pagar para trabalhar, e até na festa de fim de ano o povo não pode trabalhar livremente?

Pra que esses cursos então, se só pode trabalhar quem eles querem? Eita meu Deus, está cada dia mais difícil o pobre sobreviver aqui em Petrolina. Não podemos nem comprar as bebidas em promoção para revender e nos ajudar a pagar as contas. Agora, só queria saber por que estão favorecendo tanto a uns, e a outros não.

Carlos Soares/Ambulante