O ambientalista Vitório Rodrigues, um dos nossos colaboradores mais assíduos, chama atenção para uma obra inacabada na zona rural de Petrolina há pelo menos 30 anos, e que poderia estar beneficiando milhares de famílias.
Confiram:
Ontem (07/01/2015), andando pelo interior do município de Petrolina, constatei que os governantes do Brasil precisam tratar melhor o nosso dinheiro. Passando pela barragem inacabada no Sítio Alegaria, distrito de Rajada, o que seria a resolução dos problemas de grande parte do município, se tivessem concluído a obra em epigrafe, pois ali seria depositada muita água do São Francisco e dali irrigar-se-iam centenas de hectares de plantação, mas o que se vê nas fotos são restos de matarias jogados, buracos aqui e ali, constituindo uma construção que nunca teve fim, mas enterrou muito dinheiro nos anos 70 e início dos anos 80.
Com essa constatação, quero pedir às autoridades com mandatos atuais para que retomem e concluam a barragem de Cabaceira/Rajada, município de Petrolina – PE, fazendo valer o monte de dinheiro que já foi gasto naquela obra. O povo de lá agradece e a natureza também. Que Deus ilumine as autoridades brasileiras e as sensibilize para este caso. Amém…
Vitório Rodrigues/Ambientalista
Este fato foi denunciado por mim, em matéria de capa do Jornal do Commercio, quando administrei a Sucursal desse jornal durante seis anos, em Petrolina.
A obra inacabada fazia parte de um projeto voltado para a transposição das águas do São Francisco, através do extinto Ministério do Interior, comandado à ´epoca pelo ex-ministro do Interior, Mario David Andreazza.
A obra foi confiada à Construtora Queiroz Galvão, que construiu apenas sete quilômetros de um canal, além dos gastos feitos com a barragem de Cabaceira. Grande parte do material da construção da barragem foi levado por pessoas da região, porque ficaram no meio do mato.
Trata-se, portanto, da primeira tentativa de se fazer uma transposição no rio São Francisco para beneficiar o semiárido pernambucano.
O projeto definia que o canal levaria água para a barragem citada (e outras que seriam implantadas) e através delas chegaria, por gravidade, aos municípios de Afrânio, Dormentes e o Araripe.
Pois é, apesar do apanágio dos senhores da Arena, comandada pelos Coelho de Petrolina, a obra ficou e permanece inacabada por todo esse tempo. Contem a partir de 1985.
Depois vieram projetos e mais projetos, gastos e mais gastos envolvendo a Codevasf.
O sr. Osvaldo Coelho, que diz defender a irrigação e as regiões de sequeiro nunca deu um PIU sobre essa obra,mas sempre falou nos canais esse e aquele e aquele outro, inclusive o malfadado Canal do Sertão.
Parece com aquela velha e surrada história do “canto da carochinha”, do “são nunca” e da “Igreja do Horto”. Mas está muito mais para a Torre de Babel.
Durma-se com um barulho desses, não é meu amigo Josival Amorim???!!!