Alunos de Petrolina participarão de congresso nacional com trabalhos sobre a economia do Vale do São Francisco

por Carlos Britto // 29 de maio de 2014 às 09:00

Alan e Josué 2Dois estudantes do curso de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) já estão preparando as malas para o congresso nacional da Sociedade Brasileira de Economia Rural (Sober). O evento acontecerá entre os dias 24 e 27 de julho, em Goiânia (GO). Alan Francisco Carvalho e Josué Nunes Araújo desenvolveram os trabalhos de iniciação científica sob a coordenação do professor João Ricardo Ferreira.

Um dos projetos, de Josué Nunes, faz uma análise dos pequenos produtores de manga do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, na zona rural de Petrolina. O estudante fez a coleta de dados durante três meses – entre outubro e dezembro de 2013 – para calcular a eficiência dos produtores que possuem até 10 hectares de terra plantada.

De acordo com Josué, o resultado não é interessante: 75% dos produtores são ineficientes. “Isso nos preocupa. Um dos principais fatores que determina essa ineficiência se chama mercado. O produtor não consegue gerar uma renda, um retorno que satisfaça o seu empreendimento. Não há dinheiro para reinvestir no negócio”, explicou.

Esses pequenos produtores não têm orientação devida, não usam tecnologias de ponta e possuem menor participação no mercado. Já a pesquisa de Alan Francisco faz um recorte maior: o estudante fez uma análise da pobreza e concentração de renda por tipo de família no meio rural de Pernambuco entre os anos de 2001 e 2012.

Alan utilizou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE. De acordo com ele, a ideia foi verificar se a diversificação do rendimento das famílias poderia melhorar as condições sociais e econômicas dos seus integrantes.

Os resultados chamam a atenção: quando há diversificação da renda, com empregos fora do campo, a situação das famílias melhora, com a diminuição da pobreza. “Quando a família diversifica as atividades, quando os membros se empregam em atividades não ligadas à agricultura, que é um termo que a gente conhece como pluriatividade, o efeito é positivo na diminuição da pobreza e redução da concentração de renda”, informou.

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