Alex Tanuri assume denúncia contra assessor do governo Isaac Carvalho

por Carlos Britto // 04 de agosto de 2010 às 09:34

alex tO vereador de oposição de Juazeiro, Alex Tanuri (PSDB) entrou em contato com o Blog e se pronunciou sobre a nota publicada ontem  (3) intitulada “Assessor de Isaac Assessor do Governo Isaac denuncia vereadores por coação e diz que ameaças são vazias”, que noticiou ameaças de dois vereadores ao assessor de Projetos e Obras Estruturantes de Juazeiro, Flávio Luis, por ter um filho seu trabalhando no escritório de advocacia que presta serviço à prefeitura. Alex assumiu que, de fato, há uma grave denúncia contra a prefeitura, envolvendo contratos.

Ainda segundo o vereador, a declaração de Flávio é uma confissão. Alex encaminhará as denúncias ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas dos Municípios e à OAB.

Veja a nota na íntegra:

Caro Carlos Britto,

Surpreendido com uma nota, quase confissão, assinada por Flávio Luiz Ribeiro Silva, postada em seu blog na tarde desta terça feira, 3/08, em que, como de costume nesta administração, ele “antecipadamente”, sem nenhuma vergonha, certo da impunidade, assume mais uma falcatrua do desgoverno da mudança contra os cofres públicos, antecipo para a opinião pública de Juazeiro as denúncias que farei da tribuna, encaminharei ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas dos Municípios e a OAB.

Vamos primeiro às “coincidências”:

O “escritório de advocacia de Salvador, de que meu filho Daniel faz parte” é uma empresa fundada em 05 de março de 2010. Uma das testemunhas no Contrato que criou o “escritório”, coincidência!, é Flávio Luiz Ribeiro Silva.

Os “especialistas” em matéria tributária, Daniel Ribeiro Silva, o filho de Flávio; Marcelo Cardoso de Almeida Machado e Humberto Borges Chaves Filho, que, (outra “feliz coincidência”!) foi coordenador jurídico da campanha do prefeito Isaac, criaram um escritório em março e em maio recebem dois contratos: de um milhão e quatrocentos e quarenta mil e o outro de trezentos e sessenta mil reais, segundo o zeloso pai, “após comparativo de preços, inclusive com empresas , de outros Estados”.

Tem mais “coincidências”, mas agora vamos às mentiras:

Contrato “de risco”, diz o papai. Aos “especialistas” foi pago cento e cinquenta e sete mil, seiscentos e cinqüenta e quatro reais e cinqüenta e seis centavos no dia 31 de maio. Quinze dias depois da assinatura do contrato os “especialistas”, se fôssemos acreditar em Flávio Luiz, já teriam recuperado créditos no valor de quase um milhão de reais em processos. Ah! Só o prefeito e Flávio Luiz e seus “especialistas” para fazerem a Justiça andar com esta rapidez no Brasil! Nem preciso dizer que é mentira!

Diz a voz do dono que “a proposta foi selecionada após comparativo de preços, inclusive com empresas de outros Estados”. Mente! Está lá na publicação: Diário Oficial de 22.06.2010: Inexigibilidade de Licitação. Não houve licitação! É uma escolha do prefeito! Não houve contrato de risco, que são proibidos pelo Tribunal de Contas!

Só há verdade em dois parágrafos deste e-mail do zeloso papai:

1) “A vida pública, meu amigo, nos coloca, às vezes, nas trincheiras dos pequenos, que só sabem se projetar nas costas de alguém”. Verdade. São pais oferecendo as costas largas como ‘escadas’ para os filhos, alegres e faceiros, até porque o dinheiro para a construção destas ‘escadas’ vem do seu bolso amigo, vem da falta de medicamentos nos postos de saúde e do lixo não recolhido nas ruas.

2) “Nem eu nem essa Administração temos medo ou receio de denúncias”. Verdade! O sentimento de impunidade, a falta de respeito à ética, o silêncio forçado e comprado, o medo que causam e a prepotência, lhe dão motivos para não temer a Justiça, desafiar as leis e zombar da inteligência do povo.

Ao fim, sem nenhuma ameaça, sem rancor, apenas com o sentimento de que é urgente a justa revolta de nossa gente contra tanta desfaçatez, comunico-lhe e à população de Juazeiro que encaminharei esta denúncia: a) ao Tribunal de Contas dos Municípios, porque é proibido contratos de risco com a administração pública; b) Ao Ministério Público, porque lá os “especialistas” e o prefeito explicarão como realizaram o milagre de recuperar créditos, na Justiça, em 15 dias; c) A OAB, porque lá o zeloso papai, o prefeito e os “especialistas”, um deles anteriormente especialista em direito eleitoral, poderão comprovar o notório conhecimento em matéria tributária que levou à dispensa de licitação.

Lembro que desviar recursos públicos e criar empresas laranjas ainda é crime no Brasil.

Não tenho denúncias “veladas”; não tenho medo da verdade, não minto para a população. Não me envergonho da história de minha família, não me aproveito da influência de quem quer que seja para me locupletar.

Atenciosamente

Alex Tanuri/Vereador

Alex Tanuri assume denúncia contra assessor do governo Isaac Carvalho

  1. João Souza disse:

    Será que Juazeiro ainda tem Ministerio Público? Lamentável esse tipo de troca de acusações na nossa cidade.

  2. Igor Ferreira disse:

    Este é o governo sério, transparente, austero e digno que eles defendem? Eu acho que deve ter mais coisa. Ai depois alardeam que só quem fez algo errado foram os prefeitos que já passaram, aí não Juazeiro que suporte. Alex tem que investigar mais os convênios, as prestações de contas no TCM

  3. Marcio disse:

    Ninguém parece correto neste contexto. Quem ve o nobre vereador escrevendo ja imagina a sua própria historia de vida: “São pais oferecendo as costas largas como ‘escadas’ para os filhos, alegres e faceiros, até porque o dinheiro para a construção destas ‘escadas’ vem do seu bolso amigo, vem da falta de medicamentos nos postos de saúde e do lixo não recolhido nas ruas. ”
    Juazeiro nao vai para frente nunca!

  4. diogo menezes disse:

    Precisamos sim investigar o que esta acontecendo nesse governo,pois foi muito dinheiro investido e eles estão tentando tirar.

  5. Mario Alves disse:

    Acho que tudo isso é por causa de uma palvara chamada “poder”, o poder é bom, enriquece as pessoas e as que perderam sente falta. Então, tudo isso posso resumir com a seguinte frase: “Tudo farinha do mesmo saco”

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