Águas da Transposição do Velho Chico alcançam novos trechos de Salgueiro e Verdejante

por Carlos Britto // 06 de janeiro de 2020 às 18:00

Foto: MDR/Divulgação

As águas do Rio São Francisco voltaram a correr em trechos do canal da Transposição que passaram por obras de ajuste recentes e estão seguindo rumo aos estados que serão contemplados nos dois eixos – Norte e Leste. Em breve, vão alcançar os municípios de Salgueiro (PE) e Verdejante (PE), no Sertão Central, e Penaforte (CE).

Mais de R$ 1,3 bilhão foi investido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) nas obras e ações dos eixos principais do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em 2019. Os recursos foram concentrados principalmente na recuperação de etapas que já apresentavam 100% de execução física, mas que exigiram intervenções e reparos no sistema, a exemplo do Dique Negreiros, no Eixo Norte, e da Barragem Cacimba Nova, no Eixo Leste, com objetivo de avançar na conclusão do maior empreendimento hídrico em construção no país.

Felizmente, as águas do ‘Velho Chico’ voltaram a percorrer os trechos”, disse o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, ao fazer um balanço das ações realizadas no âmbito do projeto, no ano passado. O avanço, porém, só foi possível após a realização de diagnósticos, serviços e reparos nas duas estruturas – Dique 1217 e Cacimba Nova, ambos em Pernambuco – construídas, respectivamente, entre 2013 e 2015 e no período de 2012 a 2014.

Segundo o Ministério, nos dois trechos aproximadamente 2 mil trabalhadores atuaram intensamente no dique e na barragem, inclusive com turnos 24 horas. No Dique 1.217 no Eixo Norte, por exemplo, parte do núcleo argiloso foi rebaixado em 10 metros para viabilizar a injeção de cimento ao longo de toda extensão da estrutura. Foram realizadas mais de 500 perfurações na rocha da fundação para consolidar poros e fissuras. “Uma ação de grande complexidade, mas essencial à segurança da população e do empreendimento. O ministério tem respeitado rigorosamente o protocolo de enchimento estabelecido pela Agência Nacional de Águas (ANA)”, disse Canuto.

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