Agricultura baiana representará nordeste na maior feira de orgânicos do mundo

por Carlos Britto // 09 de fevereiro de 2020 às 20:29

(Foto: Arquivo Divulgação)

Oito cooperativas de pequenos agricultores e duas empresas brasileiras participarão da maior feira de produtos orgânicos do planeta – a Biofach 2020, que acontece em Nuremberg, na Alemanha, da próxima quarta (12) a sábado (15). Metade dos produtores brasileiros é da região Norte do país, mas um expositor da Bahia deve representar o Nordeste.

Em Nuremberg, serão apresentados frutas típicas do Brasil e produtos processados da lavoura e do extrativismo, como cacau em amêndoas, café orgânico, extratos e polpas de açaí, acerola em pó, caroço de bacuri, fruta seca de cupuaçu e de jambo, geleia orgânica de umbu, guaraná em pó, mel em bisnaga, bem como cachaça e cerveja do tipo saison.

Além da representatividade baiana, quatro expositores do Pará, um de Rondônia, dois são de Minas Gerais e um do Rio Grande do Sul, estarão no evento. Eles foram escolhidos entre 18 inscritos após edital publicado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Valor agregado

A feira pode abrir portas para produtos com valor agregado e maior de apelo social. “O mercado [internacional] demanda produtos diferenciados. Alguns nichos valorizam muito produtos com determinadas certificações”, assinala o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Henrique Kohlmann Schwanke.

Segundo ele, a produção orgânica é “uma vertente importante para a agricultura familiar e pequenos agricultores, que acabam em pequena produção agregando bastante valor dos seus produtos através da garantia dessas certificações para o consumidor”, complementa.

A agricultura orgânica não utiliza agrotóxicos e nem outros insumos químicos, produtos que podem favorecer o controle de pragas e aumentar a produtividade. A ausência desses componentes é diferencial para alguns consumidores, explica Schwanke. “Tem demanda de mercado por orgânicos que remunera melhor esses produtos. Muitas vezes a produtividade [mais baixa] acaba se compensando pelo preço pago lá na ponta”, conta.

Sete de cada dez trabalhadores agrícolas no Brasil são empregados pela agricultura familiar – um total de 4,5 milhões de famílias rurais. A produção é especializada em hortifrutigranjeiros.

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