Agricultores familiares de Petrolina reivindicam assistência técnica para perímetros irrigados

por Carlos Britto // 29 de julho de 2015 às 10:37

Foto: Reprodução

isalia damascenaRevoltados com o corte de recursos destinados à assistência técnica em perímetros irrigados de Petrolina, os agricultores familiares reivindicam do governo federal, via 3ª SR Codevasf, a retomada do serviço. Nesta quarta-feira (29) a presidente do Sindicato da Agricultura Familiar (Sintraf), Isália Damascena (foto), explicou que a assistência técnica é uma garantia legal dos pequenos produtores. E esse direito, sendo suspenso, causará grandes prejuízos à região. Por isso, cobrou veementemente da União que a verba seja novamente destinada.

Conforme Isália, uma das consequências provocadas pela decisão do governo é a não concessão do certificado de origem para que as frutas locais possam ser exportadas. O combate de pragas como a mosca da fruta também será impactado com o corte da verba e ações para ter direito ao crédito rural ao custeio, e outras ações na produção também não poderão ser liberadas sem o laudo da assistência técnica.

O Sintraf também alega que programas como PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) também serão prejudicados sem o acompanhamento técnico. Os dirigentes sindicais dizem que os contratos têm cinco anos de duração e foi interrompido com um ano e meio. “A suspensão foi interrompida em maio. A verba é repassada através da Codevasf e a justificativa é a contenção de despesas ocasionada pelo ajuste fiscal. A promessa é retomar daqui a dois anos, mas estamos brigando e não vamos deixar que os agricultores sejam prejudicados com a suspensão da assistência técnica”, enfatizou Isália.

Papel

A presidente do Sintraf lembrou que os recursos não são só de origem do Ministério da Integração Nacional – a quem a Codevasf é vinculada. Ela frisa que os Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário têm obrigação de custear a assistência técnica para a agricultura. “Queremos que esses ministérios cumpram o papel que lhe é devido e vamos atrás dos representantes políticos de nossa região para buscar uma solução”, concluiu Isália. (fonte/foto: CComunicação)

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