No ano passado o Brasil assistiu, atônito, a uma onda de protestos por investimentos do governo federal em áreas como saúde, educação e mobilidade urbana.

Uma parte dessas manifestações, legítima, diga-se de passagem. Mas houve espaço também para os oportunistas de plantão, os vândalos mascarados que em nada contribuem para o debate. Na ocasião, até ameaças de que não haveria Copa do Mundo foram jogadas a público.

Pois bem, a Copa chegou. E vai ter Copa, sim. O momento até não deveria ser esse, mesmo. Mas agora não é hora de protestar. É hora de torcer.

Se há outras prioridades no país, nenhum irmão ‘gringo’ tem culpa disso. Quem vem de fora, vem porque o Brasil decidiu sediar pela segunda vez uma Copa do Mundo. Os estrangeiros querem, além de torcer por suas seleções, curtir a beleza dos rincões brasileiros e reverenciar a hospitalidade do nosso povo.

Não convém, nesse momento, macular a imagem do país – que já não é das melhores lá fora, em relação à segurança pública, por exemplo. Pelo contrário, o momento é de ratificar a nossa fama de receber bem os turistas. Nisso, somos bons, além do futebol. Por que colocar tudo a perder agora?

Se os estrangeiros levarem uma boa impressão do país, certamente voltarão em outras ocasiões, e trarão mais gente com eles. Problemas como saúde e educação precárias são só nossos.

O melhor protesto contra isso, como já foi alardeado pelas redes sociais, é nas urnas em outubro. Agora, é torcer pelo hexa. E cobrar essa conta em breve.