Agentes de combate às endemias vão à Casa Plínio Amorim cobrar gratificação, e líder governista rebate

por Carlos Britto // 27 de abril de 2018 às 12:28

Encampando uma luta de anos, representantes dos agentes de combate às endemias compareceram na manhã de ontem (26) à sessão plenária da Casa Plínio Amorim. Eles foram pedir apoio dos vereadores, junto ao Executivo Municipal, pelo cumprimento da pauta de reivindicações da categoria, que passa por incentivo adicional, gratificação de metas, fardamentos e materiais novos, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), crachás e melhores condições de trabalho.

Como estava na ordem do dia, o chefe do Legislativo Municipal, vereador Osório Siqueira (PSB), abriu espaço na tribuna para a fala do presidente da Associação dos Agentes de Combate às Endemias de Petrolina (AACEP), Charles Oliveira Santos. A participação dele foi proposta pelo vereador governista Rodrigo Araújo (PSC).

Charles não poupou críticas nem à atual, nem a gestões anteriores quanto à falta de valorização dos profissionais.

Ele revelou que há mais de dois anos o incentivo adicional dos agentes já se encontra depositado no Fundo Municipal de Saúde, oriundo do Fundo Nacional, e não chega à categoria. “Isso é um absurdo, uma injustiça muito grande. O dinheiro já está na conta da prefeitura e a gente, há mais de dois anos, fica ‘mendigando’ para receber o que é nosso”, desabafou.

Respaldando a categoria, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindsemp), Walber Lins, disse já ter feito questionamentos ao Conselho Municipal de Saúde e à atual secretária da Pasta, Magnilde Albuquerque, referentes ao fato de que, em 2014, o pagamento do adicional dos agentes ter sido efetuado, mas nos anos seguintes isso não ocorreu. Walber aproveitou para cobrar concurso público para a área, uma vez que em comunidades como os Residenciais Vivendas e Nova Vida não existe sequer um agente de endemias. O líder sindical também reconheceu o trabalho positivo do Legislativo na defesa dos agentes, incluindo emendas enviadas pelo Sindsemp ao Orçamento Municipal, votado pela Casa.

Governo x oposição

O tom provocativo ao debate foi dado pelo oposicionista Gabriel Menezes (PSL). Ele sugeriu que os demais pares no Legislativo tranquem a pauta para forçar o Executivo a atender as reivindicações dos agentes. O líder governista Aero Cruz (PSB) disse não ser necessário, uma vez que todos os vereadores, como o presidente do Sindsemp frisou, abraçam a causa dos profissionais de saúde.

Aero, no entanto, não deixou de alfinetar o integrante da oposição. “Eu lamento que ainda há vereadores que se utilizam da Casa cheia para jogar para a plateia”, cutucou. O governista ressaltou ainda que Gabriel “esqueceu-se” de dizer que o não pagamento do adicional em 2015 e 2106 foi na gestão do ex-prefeito Julio Lossio (REDE), seu aliado. Aero completou informando que a secretária Magnilde Albuquerque teria confirmado uma reunião com representantes dos agentes e do Sindsemp para o próximo dia 4 de maio.

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