Aero Cruz vê harmonia da bancada governista de volta após celeuma das comissões na Casa Plínio Amorim

por Carlos Britto // 13 de fevereiro de 2019 às 06:53

Foto: Blog do Carlos Britto

Depois da celeuma acerca da escolha dos representantes para as comissões permanentes da Casa Plínio Amorim, os quais foram definidos na última segunda-feira (11), pairam agora sobre a bancada governista as marcas que esse episódio deixará posteriormente. Pelo menos foi isso que se percebeu na sessão plenária de ontem (12).

Criticado por alguns companheiros de bancada, o vereador Aero Cruz (PSB) – líder da situação – defendeu-se dos comentários de que teria lhe faltado habilidade para conduzir o debate sobre as comissões. Ele e Ronaldo Silva (PSDB) protagonizaram uma disputa particular pela presidência da Comissão de Finanças. Ao final, Ronaldo se manteve à frente da comissão, enquanto Aero não apareceu sequer na relatoria da de Finanças, que ocupava no biênio anterior.

Justamente por não constar em nenhuma comissão, Aero argumentou que isso foi fruto do jogo de cintura que demonstrou para manter sua bancada unida. Além de Ronaldo Silva, outro governista, Ruy Wanderley (PSC), também estaria se aproximando dos oposicionistas com vistas à composição das comissões, o que deu margem a rumores de que a bancada estaria rachada. No discurso que fez em plenário, Aero disse que não poderia deixar “as ovelhas desgarradas” se juntarem à oposição (referindo-se aos dois colegas). Ele também justificou que, em nome do Pastor Alex de Jesus (PRB) e Elias Jardim (PHS), os quais foram criticados por desfazerem seus blocos com Ronaldo e Gaturiano Cigano (PRP), optou por sair da disputa.

Em entrevista à imprensa, após a sessão de ontem (12), Aero afirmou que essa “falta de harmonia” dos governistas foi sanada. Ele disse que, se quisesse, poderia fechar com os quatro líderes das bancadas aliadas e definir as comissões, mas assegurou ter priorizado o diálogo para segurar Ronaldo e Ruy (este último vai presidir a Comissão de Redação e Justiça).

Aero frisou ainda que a oposição também saiu ganhando, já que ficou com três comissões – a de Agricultura, com Gabriel Menezes (PSL), a de Direitos Humanos, com Gilmar Santos (PT), e a de Defesa dos Direitos da Mulher, com Cristina Costa (PT). “Acredito que tudo foi da melhor maneira possível. Pelos votos que a gente tinha, pelas regras da proporcionalidade, a gente podia muito bem passar por cima. E não foi isso que aconteceu”, ponderou, citando seus colegas Manoel da Acosap (PTB) e Maria Elena (PRTB), que pediram a ele por essa articulação.

Fortalecido          

Aero afirmou também que no grupo político do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), do qual faz parte, “chegou onde poderia chegar”. Por isso ele garante ter saído fortalecido dessa celeuma. “Comecei no grupo de Fernando Bezerra soltando fogos. Hoje estou como líder do governo. Agora se tem A, B ou C com ciúme, porque ciúme de homem é pior do que de mulher, aí é outro caso. Fui eu quem participei como líder e eu quem indiquei o espaço do meu partido, e o prefeito só ficou sabendo quando o comuniquei que tinha saído (das comissões). A gente tem de trabalhar pela harmonia do grupo, e é isso que estou fazendo”.

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