A colheita da acerola está a todo vapor no Vale do São Francisco. Em Petrolina nem o clima desfavorável impediu o aumento da produção.
A produção irrigada de acerola nas margens do rio São Francisco é a maior do Brasil. Mais de 400 agricultores trabalham na região. Este ano, o clima prejudicou a produtividade das lavouras, que caiu de 30 toneladas, em média, para 25 toneladas por hectare.
Mas o problema foi contornado e eles aumentaram a área plantada com o incentivo das indústrias que compram a acerola. Agora, estão na última de três colheitas e a expectativa é que a produção aumente 29% este ano, chegando a 18 mil toneladas. “Houve uma política de incentivo, de aumento de área, porque de três anos para cá, a gente tem observado a queda da produtividade. Então, isso vem conseguindo suprir a demanda do mercado externo”, afirma o agrônomo Flávio Veríssimo.
Vários lotes aumentaram a área plantada para compensar a queda na produtividade. Um deles pulou de seis hectares, em 2009, para nove hectares agora em 2010. Mas há outro fator que também tem impulsionado os produtores: a crescente demanda de mercado pela acerola verde.
Bastante utilizada nos Estados Unidos para a fabricação de cosméticos, a acerola verde tem motivado os agricultores. Um dos fatores é o preço. A caixa com 20 kg atualmente custa R$ 26, enquanto que a da acerola madura é vendida a R$ 17.
“Nós tínhamos sempre uma só opção, que era tirar a acerola madura. Onde a gente mora, é uma região com insolação muito forte, e acerola madura tinha uma tendência de deteriorar mais rápido. Com a acerola verde, a gente tem uma tranquilidade maior”, diz o agricultor Manoel Adair de Araújo.
A área cultivada com acerola em Pernambuco cresceu 8% de um ano para cá.


