O grupo de promotores de Justiça da 2ª Circunscrição Ministerial (com sede em Petrolina e área de atuação em Afrânio, Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista e Orocó, no sertão pernambucano) entrou, na quarta-feira (4), com o pedido de desaforamento (julgamento em foro diferente de onde ocorreu o delito) do júri de Osvaldo João dos Santos e Miguel Cavalcanti Araquan, protagonistas da histórica guerra das famílias Araquan, Russos, Gonçalves, Benvindos e Claúdios.
Além disso, os promotores de Justiça também pedem, liminarmente, que seja determinada a suspensão da inclusão do processo na pauta de julgamentos do Tribunal do Júri de Cabrobó, até que seja julgado o mérito do desaforamento.
O argumento dos promotores de Justiça é a falta de imparcialidade dos jurados, que podem vir a absolver os acusados pelo medo a que estão submetidos perante a periculosidade dos réus. A atuação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) é uma antecipação a uma campanha iniciada na região com o pretexto de salvaguardar a paz entre as famílias, mas que tem como objetivo apenas a impunidade.
Além de todos os argumentos comprovados da falta de imparcialidade do corpo de jurados, o MPPE ainda chama atenção para a possibilidade de o julgamento ser anulado.
“O pedido de desaforamento vai evitar uma futura anulação dos julgamentos, como aconteceu em outras ocasiões no município de Cabrobó, quando ficou comprovada a falta de imparcialidade dos jurados”, explicaram. (Com informações da Promotoria Pública)


