Artigo do leitor: “Maria, a Advogada dos Homens e a Mãe que defende o Céu”

por Carlos Britto // 07 de novembro de 2025 às 18:53

Foto: Canção Nova/reprodução

Neste artigo, o leitor Rivelino Liberalino enaltece a importância quem a Virgem Maria sempre exerceu no mundo.

Confiram:

Em tempos de ruídos tão ruidosos, quando até o sagrado é transformado em debate de rede social, há uma voz que não grita, mas permanece: a voz de uma jovem de Nazaré que, diante do mistério, disse apenas — “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua palavra”.

Enquanto o mundo discute, Maria permanece. Enquanto a fé se divide, ela une. Enquanto muitos tentam definir o inefável, ela apenas viveu a fé que tudo sustenta. A declaração recente do Papa Leão XIV, reafirmando que Maria não é “co-redentora”, gerou ruídos e discussões. Uns aplaudiram, outros se escandalizaram. Mas, no meio desse barulho, talvez Deus esteja nos chamando de volta ao essencial: a fé daquela menina que acreditou no impossível. Eu daria tudo para ter um por cento da fé daquela mulher que, diante do invisível, respondeu sem medo. Maria é a alteza da humildade, a glória da obediência, o ventre onde o Verbo se fez carne. É a advogada dos homens e o coração que intercede por nós quando até as palavras se calam.

Maria nunca reivindicou trono nem poder. Foi e é serva. E, por isso, foi escolhida. Quando o vinho acabou nas bodas de Caná, ela não pediu para si, mas pelos outros. Apenas olhou para o Filho e disse: “Eles não têm mais vinho.” E o Cristo, tocado pelo olhar da Mãe, antecipou a hora de sua glória. É isso que a torna advogada: não a toga, mas a compaixão; não o título, mas a intercessão. E se ela sempre advogou por nós, talvez agora seja hora de nós advogarmos por ela — diante de um mundo que reduz o divino à polêmica, e esquece que o Céu começa no silêncio do coração. Maria não é co-redentora por título — é por essência, por ter dito sim. Ela não salvou o mundo, mas tornou possível que o Salvador nascesse.

E esse amor não se limita à fé cristã. No mundo muçulmano, onde a mulher ainda luta por espaço e voz, Maria é reverenciada como Maryam, a mais pura entre todas as mulheres. No próprio Alcorão há um capítulo inteiro que leva seu nome — a Surata 19 —, onde é exaltada pela fé, pela pureza e pela obediência a Deus. Mais de trinta vezes seu nome é mencionado com respeito e ternura. No metrô de Teerã, há uma imagem dela abençoando multidões. Entre cristãos e muçulmanos, entre ocidente e oriente, Maria é ponte: a mulher que une o que as religiões dividiram, o amor que atravessa fronteiras e o silêncio que traduz a voz de Deus.

E quando a humanidade se perdeu em guerras e revoluções, ela desceu às montanhas, aos vales e às grutas para nos lembrar quem somos. Chorou em La Salette, pedindo conversão. Curou em Lourdes, onde a água pura continua jorrando até hoje. Falou em Fátima, onde o sol dançou diante de mais de setenta mil pessoas e a ciência ainda se cala. E em Guadalupe,

deixou impressa sua imagem num manto de fibra que, por todos os estudos da NASA e da Universidade de Harvard, já deveria ter se desfeito há quinhentos anos — mas continua ali, viva, inexplicável, milagrosa. Onde há um coração aflito, Maria aparece. Onde há descrença, ela floresce. Onde há dor, ela chora. Não veio fundar religião, veio reacender o Evangelho.

E talvez o maior milagre de Maria não seja o sobrenatural, mas o simples. O modo como ela viveu o Evangelho antes mesmo que fosse escrito. Ser mãe, ser serva, ser discípula — viver o amor, e só o amor. Nós, humanos, temos o vício de dividir. Criamos fronteiras no que é infinito. O cristianismo, o budismo, o islã — todos se fragmentaram, como se Deus pudesse ser contido em rótulos. Mas Deus fala todas as línguas. Caminha em todas as sendas. Como um pai que alimenta cada filho com o que ele precisa, o Altíssimo não se prende aos nomes que lhe damos. Maria entendeu isso — e por isso se calou diante do mistério.

Nunca se adorou Maria. Venera-se. Ama-se. Reconhece-se nela a obra de Deus. Até vozes evangélicas, como a de Pablo Marçal, têm reconhecido: “Os santos não são deuses. São exemplos. Se eles conseguiram, você também pode.” Maria é isso — a prova de que a santidade é possível, de que a fé não precisa entender para obedecer. Ela é o espelho da graça, não o trono; a porta pela qual a luz entrou no mundo.

O Papa pode definir títulos, mas a alma da Mãe ninguém define. Nenhum decreto humano diminui a grandeza de quem, no silêncio, venceu o inferno. Maria é a advogada dos homens, e agora, mais do que nunca, os homens de fé precisam ser os advogados dela — defendê-la da indiferença, da divisão, da frieza, da ironia dos tempos modernos. Porque onde Maria está, o Evangelho é vivido com o coração.

Ela é o rosto da compaixão e o ventre da esperança. É a mulher que disse sim à eternidade e ensinou a humanidade a ajoelhar sem medo. É a mãe que defendeu os homens — e agora precisa que os homens a defendam.

Porque Maria é o amor que se fez presença, o consolo que se fez oração, a graça que se fez mulher. E quando tudo parecer ruído, que reste o seu silêncio dizendo a cada um de nós: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua palavra”.

Rivelino Liberalino/Advogado

Artigo do leitor: “Maria, a Advogada dos Homens e a Mãe que defende o Céu”

  1. RODOLFO CELSO disse:

    Excelente, Dr Liberalino! Parabéns pelo artigo, o qual retrata a importância de Maria para todos nós Cristãos!

  2. PERCILENE GONCALVES DE SA VIEIRA disse:

    Verdade… Maria, não é deusa, não é mais que Deus, mas é a mãe de Jesus, nossa Mãe, nossa Rainha…

  3. Amistoso um. Belo texto . Que nos trás boas reflexões.

  4. Mais um belo texto dr. Nos faz refletir muito. Obrigado por nos proporcionar belas leituras. Que Deus continue iluminado a sua mente .

  5. Joao Batista disse:

    FANTÁSTICO!!!!
    ESPLÊNDIDO!!!
    Parabéns ao autor.
    Parabéns ao Blog pela publicação.

  6. João Almeida disse:

    Que maravilhosa reflexão! Falar em Maria, que reflete amor e compreensão, é engrandecedor!

  7. adao disse:

    Parabéns, Dr Liberalino! pela explicação feita com muita simplicidade e coerênçia, para com a de Deus e nossa. Lucas 1,43 e Jo 19.26,27

  8. Paulo disse:

    Falou e não disse nada não tem coerência no que fala só mais um sabichão que não sabe nada

  9. Branca disse:

    Até me empolguei ao ler este belo texto, parabéns a quem o escreveu, parabéns!

  10. macedo disse:

    Texto sem pe , e sem cabeça, oriundo de uma mente fertil em dogmas, que ate os estudiosos teologos condenam

  11. Nonato dos santos disse:

    Lindo texto cara. Eu tenho o maior orgulho de ser devota da Virgem Maria digo que por duas vezes que solicitei a sua graça fui atendido. Me dá pena de quem o repudia. Bendita seja à Mãe do Sr. Jesus Rainha do Universo.

  12. Nonato dos santos disse:

    Digo Devoto

  13. Dilmam Ribeiro disse:

    Impressionante como temos blasfemos nesse mundo pecador! Essas pessoas, como Paulo e Macedo, se ouvissem ou lessem que Maria é a primeira serva do Senhor, talvez diriam não ser ela merecedora do título de Mãe do Cristo, ou mesmo que não seja imaculada. Hereges bêbados na cachaça de Satanás, mas que certamente terão seus pecados lavados no sangue do Salvador, pela misericórdia Gloriosa de Deus! Mas, mesmo se mostrando uns beócios satânicos, deveriam ao menos respeitar as opiniões alheias, sem precisar com elas concordarem. Até a discordância deve ser respeitosa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários