Agrônomo demonstra preocupação com cultura petrolinense

por Carlos Britto // 23 de junho de 2010 às 21:10

Preocupado com as poucas manifestações culturais existentes em Petrolina, o agrônomo Antonio Jerônimo aproveitou o clima junino para enviar ao Blog este artigo de desabafo.

Confiram na íntegra, o que pensa o leitor sobre o assunto:

Sou Antonio Jerônimo, Agrônomo, fiho de Francisco Escrivão (falecido) e professora Silvandete. Atualmente estou em São Luis-MA, onde sou professor do IFMA (antigo CEFET).

Estou escrevendo este artigo para manifestar a minha indignação com o que esta acontecendo com a cultura petrolinense, principalmente o São João. Atualmente aqui em São Luis-MA, vejo o orgulho maranhense nos bois de orquestra e de matraca, uma festa de multidões só com a cultura regional.

Já vi o São João de Sergipe, aqui na TV local passou o São João da Bahia ganhando destaque, lá em Mossoró-RN são 30 dias de festas, com programação diurna e noturna, inclusive com peças teatrais e filmes, além de quadrilhas e as bandas tradicionais. Campina Grande e Caruaru, nao precisa comentários! E Petrolina?

Ainda menino, cheguei a assistir ao Rei do Baião Luiz Gonzaga na Orla. Nos tempos áureos do Parque Josepha Coelho tivemos o auge de Mastruz com Leite, Limão com Mel e outras bandas de sucesso de meados da década de 90. E hoje?

É consideravelmente pífio o que acontece com Petrolina. Não temos mais nenhuma festa originalmente petrolinense, estão tentando reinventar o carnaval, sem levar em conta a influência da cultura baiana, haja vista que estamos separados da Bahia apenas pela ponte. O PETROFOLIA já está morto e enterrado e essa programação do São João só estar melhor do que a do ano passado. Eu me revolto! É impossível que uma cidade tão bela e economicamente tão importante deixe que suas tradições e festas sejam esquecidas pelo tempo. A identidade cultural de um povo também faz parte do progresso. No futuro, como os petrolinense irão culturalmente se identificar?

Antonio Jerônimo/agrônomo

Agrônomo demonstra preocupação com cultura petrolinense

  1. Nanuca disse:

    As culturas que ainda nos restam São as de Manga, uva, banana, acerola, cebola e outras

  2. GUILHERME LOURA disse:

    Otimo texto primo.
    Um abraço.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários