Os casos de violência ocorridos no último fim de semana em Pernambuco motivaram pronunciamentos na reunião plenária desta segunda (14) na Assembleia Legislativa (Alepe). Um dos registros foi a morte confirmada da jovem Gislaine Gomes, de 19 anos, a qual foi sequestrada no último dia 3 de março em Santa Maria da Boa Vista (Sertão do São Francisco).
A deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB) cobrou um posicionamento do governo do Estado diante do assassinato de cinco mulheres e uma criança no período.
Na maioria dos casos, segundo a deputada, as evidências apontam para casos de feminicídio (quando a mulher é assassinada por conta de sua condição de mulher), perpetrados por parentes ou ex-companheiros.
“A gente vê mulheres morrendo nas mãos de companheiros, ex-companheiros, filhos, sobrinhos. Porque para essas pessoas, para esses criminosos, a vida da mulher não tem valor. E de quem é a obrigação de obedecer a essas mulheres? É do Estado. O que o Estado está fazendo? Nada”, denunciou a parlamentar.
Plano
A parlamentar pediu a apresentação de um plano para proteção de mulheres pela governadora Raquel Lyra. Ela criticou, ainda, a existência de sete delegacias da mulher no Estado que não abrem à noite. No mesmo sentido, Dani Portela (PSOL) denunciou o aumento de cerca de 200% no número de pessoas feridas por arma de fogo em março de 2025, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Ela também lamentou a morte da menina Helen Santos Sousa por bala perdida no bairro de Água Fria, no Recife, ocorrida ontem (13).


