O tratamento dispensado por hospitais e clínicas particulares de Petrolina, vez por outra, são alvo de reclamações. É o caso deste artigo de um advogado que prefere não se identificar.
Ele relata ao Blog os aborrecimentos que teve quando precisou ser atendido:
Sirvo-me do alcance do vosso blog para informar e pedir que repercuta a situação dos horários das consultas médicas na cidade.
É norma médica não atender por hora marcada, ou seja, os atendimentos se realizam por “ordem de chegada” o que serve apenas e tão somente para os interesses dos médicos. É comum o cliente passar horas à espera do atendimento.
Como se não bastasse a consulta por ordem de chegada, ainda temos que aturar a impontualidade dos profissionais médicos, que avisam que chegaram em um horário que absolutamente cumprem.
Nos últimos dias tive a necessidade de percorrer alguns hospitais e consultórios médicos. Nos hospitais é comum o barulho, em que pese ter sido atendido em consultório de emergência e em hospital de renome.
Nos consultórios a demora, tratada como sendo normal elas atendentes, na maioria das vezes mal educadas e impacientes.
Verifiquei também que os profissionais médicos preferem atender aos particulares em detrimento dos que se apresentam com plano de saúde, como é o meu caso, em que pese ser cliente de um dos mais conceituados planos de saúde, qual seja a Cassi.
No dia de hoje me dirigir a uma clínica médica para consulta, visando a atenuar a ansiedade e estresse, onde pretendia iniciar um tratamento por acupuntura. Evidente que não houve como esperar o atendimento.
Ora, um tratamento dessa natureza pressupõe um atendimento que viabilize a eficácia da técnica oriental. Não foi o caso, posto que para uma consulta simples há tanta dificuldade, imagine iniciar um tratamento longo, com várias sessões.
Solicito, pois, a convocação da Promotoria dos direitos individuais e Coletivos para que interceda junto ao CREMEPE no sentido de que seja promovido termo de ajustamento de conduta, bem como que o blog ofereça público a oportunidade de discutir o assunto.
Caso seja possível gostaria de não ser identificado. No entanto, é certo que com a presente reclamação estarei à disposição da promotoria e do CREMEPE, e deixei de identificar os médicos e as clínicas por ser prática comum em todas elas. No entanto, caso seja necessário, darei o nome dos médicos e das clínicas onde vivi a situação acima reclamada.



A “reclamação” do advogado bem que poderia ter sido escrita na terceira pessoa, afinal TODOS NÓS fomos, estamos ou seremos vitimados pela arrogância, pela prepotência e pelo desprezo dos médicos que aqui atuam. E, se não bastasse, ainda temos que aturar a falta de preparo e de educação das pessoas responsáveis pelo atendimento aos usuários. É preciso um mínimo de cordialidade, gentileza e, principalmente, profissionalismo no trato com os usuários/clientes/otários que, afinal, são os sustentáculos das suas atividades. No entanto, ao contrário do que se espera, somos mal tratados, mal atendidos e, muitas vezes, ironizados. Se todos reclamassem talvez essa postura mudasse. É realmente desagradavel, para não dizer REPROVÁVEL, a forma de atendimento aos que precisam de clínicas, hospitais, lojas, bares, restaurantes, etc….
A incompetência campeia por todas as profissões. Lembra-se da coqueluche da chamada qualidade total em todos os serviços públicos e ou privados? Pois bem muitos e muitos cursos foram promovidos pelo SEBRAE, SENAC e por outras instituições de promoção humana. Esta febre passou, mas sua necessidade continua indefinidamente. Em todas as profissões nos deparamos com deficiências cujas causas provêm de erros na formação básica desde a educação doméstica, até as escolas e tendo continuidade nas empresas e ou repartições onde trabalham as pessoas. Forma-se um emaranhado de cúmplices que vitimam toda uma formação. Pense num conjunto de engrenagens mecânicas em que um dente, defeituoso, da primeira engrenagem termina promovendo desgaste na segunda, esta na terceira e por aí vai transferindo desgaste anormal até a última de todo conjunto do trabalho! Quando estas engrenagens são pessoas, cada uma delas está sujeita a ações de outros fatores potenciais, por se tratarem de indivíduos diferentes e por serem suscetíveis a ações de ordem emocionais e psicológicas, tanto na engrenagem que passa quanto na outra que recebe o trabalho. Neste caso a manutenção ou a lubrificação destas engrenagens precisam também ser feita permanentemente. Num consultório médico não se precisa somente de conhecimentos médico para um bom tratamento contra as enfermidades. Pela organização, ambientação adequada e capacidade administrativa de quem ali trabalha já se passa, ao cliente daquele médico, mais segurança.
No caso de um advogado, por exemplo, além de tantos outros pré-requisitos, o nível do seu português pode servir de indicador de segurança do seu trabalho. Este é o tipo do profissional que não pode apresentar um texto mal elaborado com erros que comprometam a compreensão do que ele escreve. Para um engenheiro, um arquiteto nem tanto, mas para um advogado o bom português é de extrema necessidade.
Bem, a consciência de tudo termina levando as pessoas a se compenetrarem de que há necessidade de se fazer cada vez o melhor possível. As leis e códigos de proteção ao consumidor precisam ser bem interpretados e utilizados para um atendimento correto, evitando-se sempre o costumeiro abuso.
Eu também já fui vítima de mau atendimento tanto por parte de consultórios médicos quanto por parte de escritórios de advogados.
Por essas e outras que uma frase ficou famosa aqui em Petrolina: “O melhor hospital é o aeroporto”.
Independente do nível do português de quem escreve, realmente a questão do respeito ao paciente nos hospitais e consultórios médicos em Petrolina é caso de polícia. Diante da necessidade de procurar um serviço médico, principalmente atendimentos ambulatoriais, temos que nos preparar para abrir mão de todos os compromissos daquele dia, pois um atendimento agendado para o período da manhã quase sempre irá ocorrer pelo meio da tarde, isso depois de pelo menos 30 dias de espera por uma vaga. E o pior é que não temos alternativa, pois com raríssimas exceções, parece natural para os profissionais de saúde dessa cidade a espera e o atraso. Precisamos nos unir e fazer um movimento pelo respeito e qualidade no atendimento nos serviços de saúde. Ouvimos muitas críticas a saúde pública e a saúde privada parece intocável. Vamos reclamar juntos e com certeza teremos mais força.
Tudo que esse advogado ta falando é a mais pura realidade, qd lie a materia sentie como se fosse eu, porque tenho plano de saude é dessa forma que somos tratados, toda regra tem exeção mas no geral é assim mesmo que somos tratados. Vamos torcer que alguma atitude seja tomada.
Na qualidade de profissional da saúde tenho o direito de rebater aqui as criticas não só do advogado mas de todos os outros comentaristas.
Na minha formação profissional, tanto no país como fora dele, e minha educação doméstica ensinada pelos meus pais me aprendi que o respeito ao outro é fundamental. Que o meu direito começa quando o do outro termina ou o meu limite termina quando o do outro começa.
Mas isto não é o que vejo aqui em Petrolina. Quando retornei para cá, atendia de “hora marcada” e era raro quando o paciente chegava pelo menos no horário ou, como manda a etiqueta, pelo menos 15 minutos antes da consulta; também é raro o paciente ligar dizendo que vai se atrasar ou para cancelar a consulta quando vai faltar o que atrapalha e muito a nossa agenda. Naquela época, eu chegava cedo no consultório e ficava ao bel prazer dos pacientes chegarem a hora que bem entendessem ou quisessem. A partir de então passei a atender por ordem de chegada. Então, caros, a culpa não é só nossa!
Outra coisa absurda é que a maioria das pessoas daqui de Petrolina se acha acima da moral, da ética e das leis. Fazem o que bem entendem e transgridem todos os principios da ética e dos bons costumes.
A lei do Gerson impera em todos os setores e só para dar um exemplo tipico disto, cito o escandalo que um advogado fez no meu consultório quando, mesmo tendo sido avisado que tinha direito a um retorno até 30 dias da primeira consulta, ele retornou com os exames quase 60 dias depois e fez o maior escandalo quando a recepcionista disse que não era mais volta. Para minimizar e não constranger os demias pacientes, tive que atende-lo de graça.
Então vejam, amigos, tudo tem efeito bumerangue: o que vai terá sempre o seu retorno… o povo de Petrolina recebe o respeito dos profissionais na mesma medida que desrespeitam aquele mesmo profissional. É a lei do retorno…