“Se existem culpados pela gestão da saúde de Petrolina estar na situação em que se encontra essas pessoas são o ex-prefeito Odacy Amorim e o governador Eduardo Campos”. A acusação é da deputada Terezinha Nunes, que levou o tema ao plenário, na manhã de hoje, e disse esperar que o governo assuma a gestão do Hospital Dom Malan e socorra a região do São Francisco, já que tem deixado de ajudar Petrolina pelo prefeito ser da oposição.
“Nos três últimos meses de sua gestão, Odacy Amorim (do PSB) celebrou contrato de gestão do hospital com o IMIP, para manutenção do hospital, no valor de R$ 1,5 milhão, mas não honrou o pagamento, deixando o déficit acumulado para o seu sucessor”, esclareceu Terezinha. “Já o governador, que assinou o convênio como testemunha, não tomou nenhuma atitude até agora para minorar o problema”.
A deputada ressaltou que a situação é grave, pois o Dom Malan precisa de R$ 1,9 milhão para funcionar a contento e só recebe R$ 600 mil do SUS, o resto tem que ser bancado pelo município, que não dispõe de recursos para arcar com tal despesa. “Há também a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) inaugurada pelo município ao custo de R$ 250 mil mensais e o Hospital de Traumas, com despesa de R$ 2,5 milhões mensais, dos quais apenas R$ 1 milhão vem do SUS”, informou.
“O prefeito Júlio Lóssio já fez o que podia. Conseguiu negociar com o Ministério da Saúde o aumento do repasse do Hospital de Traumas para R$ 2 milhões e entregou a gestão à Univasf, portanto, está conseguindo contornar este déficit”, informou Terezinha. “Também conseguiu com o senador Jarbas Vasconcelos uma emenda de R$ 60 milhões para o Dom Malan”. custeio, mas serão recebidos pelo Estado, uma vez que o prefeito vai entregar o hospital no próximo dia 18. “Esperamos que o governador aja com a mesma responsabilidade que Júlio está agindo (ao buscar recursos mesmo sabendo que deverão ficar nas mãos do Estado) para salvar a região do São Francisco”.
Leia agora a nota do Governo de Pernambuco
Com relação às declarações do médico Ricardo Paiva e da deputada Terezinha Nunes, sobre a situação do Hospital Dom Malan, a Secretaria Estadual de Saúde esclarece os seguintes esclarecimentos:
1 – O hospital está sob gestão municipal desde 1993 e a situação que vem enfrentando é de responsabilidade do município.
2 – Diante das dificuldades enfrentadas pelo hospital, a Secretaria Estadual de Saúde assumiu o compromisso de estudar a possibilidade de voltar a gerir a unidade. Para que essa análise fosse concluída, a SES solicitou um prazo de 90 dias, que se encerra no final de junho deste ano, conforme acordado com a prefeitura.
3 – Uma possível transferência de gestão para o Estado, no entanto, depende da anuência de Ministério da Saúde e do Governo do Estado. Segundo parecer da Procuradoria Geral do Estado, nem mesmo a cessão do imóvel e de equipamentos do Dom Malan poderia ocorrer após uma decisão unilateral da prefeitura.
Na questão da responsabilidade sanitária da Prefeitura de Petrolina com a assistência integral de saúde à sua população, assumida em 1998, quando o Ministério da Saúde concedeu ao município a gestão plena do sistema de saúde, a transferência de deveres só é possível com autorização do Ministério da Saúde.
4 – A gestão do governador Eduardo Campos jamais se esquivou da responsabilidade pelo sistema de saúde. O Estado, que já administrava uma rede ampla e complexa, sendo a segunda maior do Brasil (atrás do Rio de Janeiro), ganhou, nesses três anos, quatro UPAs (a quinta será inaugurada amanhã, na Caxangá), o Hospital Metropolitano Miguel Arraes (outros dois ficam prontos este ano) e incorporou o Hospital do Câncer (ameaçado de fechar as portas).
Esta gestão também fez concurso público para médico e tornou o salário da categoria em Pernambuco um dos melhores do Brasil.
Quantos hospitais a gestão anterior construiu em oito anos? Ao contrário, fechou o Regional de Nazaré da Mata (reaberto somente em 2007, neste governo) e o São Sebastião, em Caruaru. Quase oito anos do Governo anterior tiveram como foco único a reforma do Hospital Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, ainda assim reinaugurado com mais da metade de seus setores sem utilidade.
5 – Por fim, a SES informa que nos últimos meses vem, reiteradamente, se reunindo com o Ministério da Saúde e o próprio município em busca de uma solução conjunta para a situação do Dom Malan. A SES está à disposição para buscar soluções para o problema, de modo que a população não seja penalizada.
A saúde dos pernambucanos é prioridade para esta gestão, porém todos os entes que compõem – Estado, municípios, Governo Federal e os profissionais – precisam estar unidos e honrar seus compromissos para que o prejuízo não recaia sobre os pacientes do SUS.



Quando eu ainda era criança, minha mãe me dizia que quem não assume responsabilidades é um irresponsável. Os políticos brasileiros, no geral, não assumem responsabilidades, por isso, estes certamente são irresponsáveis. Está na hora de acabar com essa briga besta, de uns ficarem culpando os outros. Está na hora de as forças opostas se unirem em torno da salvação do Dom Malan, pois as vidas humanas não esperam por caprichos políticos mesquinhos. Como disse Jospin, “é incrível como somente as oposições sabem governar”. Está do lado de fora do governo é fácil, por quê a coisa mais fácil do mundo é criticar. Apontar soluções mágicas é fácil. Entrar em ação são outros quinhentos. É isso que nossos políticos deveriam fazer. Acabar com essa infantilidade, com essa mesquinharia e unirem-se em torno dos verdadeiros interesses da coletividade. Mas isso é praticamente impossível na terra tupiniquim. Desde que Cabral aportou em Porto Seguro, os interesses de poucos sempre prevaleceram sobre os direitos da maioria. Enquanto as faces opostas de uma guerra que já vem malhada antes de eu nascer (Cazuza) se digladiam no palco da soberba, o povo sofre com ausência de saúde de qualidade e de representantes de vergonha. Se eles realmente quisessem o bem de todos, dialogariam, sentariam numa mesa redonda, arriariam as bandeiras partidárias e trabalhariam em comum em prol dos mais necessitados.
“esclarece os seguintes esclarecimentos”
e eu comento o seguinte comentário:
Tá parecendo com a disputa sobre quem nasceu primeiro, se ovo ou a galinha…
Na verdade todo mundo tem sua parcela de culpa, e ao mesmo tempo todo mundo tentou fazer algo pra ajudar, uns mais outros menos, uns mais bem intencionados, outros nem tanto…
E assim eu concluo a conclusão.
É impressionante o cinismo da bancada governista de querer passar a culpa para os outros. O final do Governo Odacy foi o único período em que o HDM funcionou com qualidade de verdade em toda sua história. E o problema não foi o déficit que ficou da gestão anterior, já que Júlio Lóssio chegou a ficar sem pagar absolutamente nada nos últimos meses, ficando inclusive os funcionários sem receber. Mais ridículo ainda é querer colocar a culpa no Governo Estadual, sendo o HDM um hospital municipal. Daqui a pouco vão colocar a culpa até nos Estados Unidos, o grande satã…
Já sobre a nota do governo estadual, está havendo muito investimento em hospitais, e pouco investimento na atenção básica, retrocedendo 20 anos nos avanços do SUS. Sempre que isso acontece o resultado são hospitais superlotados, sendo que a maioria dos pacientes nem precisavam estar ali.
A culpa é do Gonzaga Patriota que fica lá e cá pedindo um a um a outro pra ñ fazer, ñ facilitar se ñ eu ñ ganho deixa o Lucio se afundar o partido dele é a oposição o PT jamais ajudaria sua oposição e quem paga???? eu e vc alias todos. e agora a culpa é de quem? LULA, EDUARDO, GONZAGA PT E Lossio? pera gente estamos perto das eleições ninguen ajuda ninguen. Que pena Gonzaga mais uma vez perdeu um voto meu alias nunca dei a vc se quer um voto e nem a Lussio.
É incrivel com esta deputada gosta de tapar o sol com a peneira,fingiu não saber das sugeiradas,que Jorge Garziera fez em Lagoa Grande,agora quer jogar a culpa da incompetência do prefeito de petrolina em odacyr e no governador,como ela pode saber de quem é a culpa se ela só aparece,no sertão para pedir votos?
Talvez a nobre deputada não saiba o que diz.