Nos cemitérios de Petrolina, o Dia de Finados representa um momento de dor e saudade para alguns, mas também pode ser sinônimo de renda extra para outros – essencial para ajudar nas despesas de casa.
O comunitário Raimundo Nonato dos Santos, por exemplo, todos os anos vem com a mulher e filho para lavar as tumbas e aumentar a renda. “A gente vem na véspera e no dia, e dá para faturar cerca de R$ 500, o que ajuda bastante na renda de casa”. Assim cerca de outras 100 pessoas também fazem o trabalho.
Já a aposentada Maria da Cruz (foto) também não perde a chance de ganhar dinheiro nessa data. “Há 20 anos vendo flores artificiais e velas na porta do cemitério, me preparo três meses antes”, conta.



Todos os feriados e datas comemorativas são puramente comerciais. Natal=presentes, páscoa=chocolate, dia das mães, namorados, criança, pais, etc, etc…
E as pessoas fazem sem objetivo somente pq é “tradição”, parece que se não fizer acontecerá algo ruim, também foi isso que aprenderam a vida toda. Se não comer peixe na semana santa vira bicho. Se tomar banho faz mal.
E a espontaneidade não existe. Se dá presente em natal ou aniver´sario ou qualquer dia desses por obrigação. Aquele presente de coração em um dia qualquer não existe.
É, o comerciante que se estabelece nas portas dos cemitérios fica feliz com a tristeza alheia. Enquanto as pessoas vão chorar e lamentar a perda dos seus entes queridos, eles estão lá, cobrando R$ 2,50 por uma única vela. E tem mais, você compra a vela, põe no túmulo e, pode crer, logo em seguida vem um delinquente, rouba a vela e o castiçal e os coloca à venda lá na entrada de novo.
As flores que você põe no túmulo, juntamente com os jarros decorativos, também são alvos dos furtos e, novamente, colocadas à venda. E assim, durante todo o dia, lá se vai o guri buscar mais produtos para revender.
Essa prática é comum e os administradores dos cemitérios sabem disso mas fecham os olhos, fingindo-se de mortos para, quem sabe, também serem “homenageados” nesse dia.