Na tarde da última terça (19) e manhã de quarta (20), os envolvidos – denunciante e denunciados – no caso do loteamento Celso Carvalho, foram ouvidos pela promotora Andréa Ariadna Santos Correia em decorrência da representação feita pelos vereadores de oposição de Juazeiro, Alex Tanuri (PSDB); José Carlos Medeiros e Valdeci Alves (PV); Ronaldo Campina (PMDB) e Leonardo Bandeira (PT).
Foram convocados o ex-secretário Edson Tanuri, que à época, 2007, aprovou o projeto do loteamento urbano situado às margens da BR-407; a arquiteta responsável pela elaboração do projeto, Neide Dias; a proprietária do -loteamento, Josélia Cavalcante de Carvalho; o secretário de Obras em outubro de 2010, Flávio Luiz; o prefeito Isaac Carvalho, filho da proprietária, e o vereador Alex Tanuri, líder da oposição.
De acordo com o atual secretário de Gestão Estratégica de Juazeiro, Flávio Luiz Ribeiro, “Não há nada de errado no loteamento. A oposição precipitou-se no afã de criar um fato político. As terras ao lado do loteamento Celso Carvalho foram invadidas. O proprietário cercou, atendendo à determinação constitucional de zelar pela propriedade, para garantir sua posse e impedir invasões como a que aconteceu na área vizinha”.
Já o vereador Alex Tanuri reafirmou suas denúncias. Para ele, o uso de áreas públicas do loteamento para a realização de vaquejadas se constitui em “invasão”, levantar as hipotecas sobre os lotes “é crime de responsabilidade” e a “cratera” é crime ambiental.
A arquiteta Neide Dias, que assina o projeto, disse em depoimento que “vive do salário da prefeitura, insuficiente, por isso faço projetos, dou assessoria. Isso não é ilegal e nesse caso gostaria muito de não me envolver”. Para ela, o projeto atendia às normas, “tanto que foi aprovado” e como “trabalha sem nenhuma ligação com a fiscalização”, assinou a desoneração das hipotecas sem saber se realmente as benfeitorias tinham sido realizadas: “A fiscalização diz que os critérios foram cumpridos, então assinei”.
A prefeitura insiste na legalidade de suas ações, que não há invasão, que não houve tráfico de influência e na Câmara os vereadores de situação e oposição se digladiam. (com informações de Manoel Leão)


