O governo federal espera que as obras de transposição sejam finalizadas até dezembro de 2013, mas especialistas em obras públicas acreditam que a conclusão seja adiada para 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil e também de eleições presidenciais.
O Ministério da Integração Nacional preparou uma comissão de revisão de contratos para examinar o projeto. A estimativa é lançar em abril as duas últimas licitações, número que pode crescer caso algum contrato sofra rescisão. Essa situação pode colocar em risco o cronograma oficial.
O orçamento com a obra passou de R$ 5 bilhões para a cifra de R$ 7 bilhões. Segundo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, a grande subida de preços é atribuída ao boom da construção civil e de obras pesadas, que aumentou muito a demanda por matérias-primas como cimento.
Até abril o valor atual da obra será divulgado, assim como resultado da avaliação do andamento das obras.




Sobre o projeto de transposição do rio São Francisco pairam muitas dúvidas, que ao longo de mais de duas décadas, desde que FHC apresentou de forma efetiva como projeto de governo, não foram respondidas plenamente, e em muitos casos até desviou-se o foco dos questionamentos, levando o debate para o campo da demagogia. Dentre esses questionamentos sobre o projeto, podemos citar: a sustentabilidade econômica; o alcance social; os impactos no Vale do São Francisco. Assim, encontram-se muitas perguntas pendentes de repostas como: o valor de custo da água permite o desenvolvimento de projetos econômicos? ((especialistas falam em 60 vezes mais cara do que o custo em Petrolina); como ficaria o outorga para projetos no Vale do São Francisco? Levando-se em conta que o limite máximo é de 300 mm de retirada de água, sendo que hoje já foram liberados 91 mm e o projeto vai absolver 127 mm, o que restaria menos de 100 mm para futuras outorgas? o governo federal fala em 12 milhões de pessoas beneficiadas! ora, os quatro estados envolvidos no projeto (Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte) juntos não possuem nem 24 milhões de habitantes, como é possível dizer que mais de 50% da população envolvida vai receber essa água? Com a palavra o Ministério da Integração, que tem como ministro o petrolinense Fernando Bezerra Coelho.